O Matmo, atualmente a atravessar as Filipinas, deverá ser também o 12.º ciclone tropical a afectar Macau este ano, alertou a Direção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG).
Caso isso aconteça, 2025 irá "empatar com 1974 como o ano com mais sinais de ciclone tropical emitidos na história registada", sublinharam os SMG, num comunicado.
Às 14h00 (07h00 em Lisboa), o Matmo estava a cerca de 990 quilómetros a dueste de Macau, a mover-se para Oeste-noroeste, a uma velocidade de 25 quilómetros por hora, enquanto atravessa Luzon, a ilha mais populosa das Filipinas, onde se situa a capital, Manila.
O Matmo atingiu a cidade de Dinapigué, no nordeste das Fili+pinas, às 09h00 (02h00 em Lisboa), com ventos sustentados de até 130 quilómetros por hora e rajadas de até 215 quilómetros por hora.
As autoridades pediram aos residentes locais que tomem "medidas de precaução" para mitigar o impacto do tufão, como inundações, deslizamentos de terra e enxurradas repentinas, especialmente em áreas montanhosas e ao longo das margens dos rios.
Os SMG avisaram que o sinal de tempestade tropical de nível 1, o mais baixo, poderá ser emitido ainda esta noite ou ao início da manhã de sábado, assim que o Matmo entrar num raio de 800 quilómetros de Macau.
A escala de alerta de tempestades tropicais em Macau é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10 (o mais elevado), com a emissão a depender da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.
Os SMG preveem que o Matmo chegue perto de Macau no domingo. "Como a manhã de domingo é a maré alta astronómica, algumas zonas baixas podem ser afetadas pela maré de tempestade" e sofrer inundações, acrescentaram.
O tufão deverá atingir a zona costeira da província vizinha de Guangdong, a potência económica do sul da China, no domingo, antes de se deslocar para noroeste, na região de Guangxi, e eventualmente dissipar-se sobre a província de Yunnan (sudoeste).
O aviso surge nove dias depois da região ter sido atingida pelo supertufão Ragasa, a tempestade mais poderosa registada no planeta em 2025.
O Ragasa provocou mais de 250 ocorrências, incluindo inundações nas zonas baixas da cidade, com uma altura máxima de 1,51 metros, e cortes de energia, por razões de segurança, que afetaram 16 mil habitações.
Mais de 700 pessoas recorreram aos centros de acolhimento e os Serviços de Saúde registaram sete feridos, incluindo um com ferimentos graves, que teve de ser hospitalizado, anunciou o Centro de Operações de Proteção Civil.
Antes de rumar à China, o Ragasa causou, pelo menos, dez mortos nas Filipinas e 14 em Taiwan.
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