De acordo com o jornal italiano La Repubblica, a paralisação afetou sobretudo os transportes públicos em centros urbanos como Roma e Milão, enquanto centenas de manifestações ocorreram em dezenas de cidades italianas.
A Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL) - principal sindicato do país e organizador da iniciativa - disse tratar-se de uma "resposta direta à interceção da flotilha" por Israel e acusou as autoridades italianas de terem "abandonado trabalhadores italianos em águas internacionais".
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, criticou esta mobilização, alegando que a greve provocou "inúmeros inconvenientes" para os cidadãos.
A chefe de Governo ironizou ainda com a escolha da data, afirmando que "o fim de semana prolongado e a revolução não andam de mãos dadas".
Itália já tinha registado uma paralisação semelhante em 22 de setembro, também em apoio da causa palestiniana, mas então apenas organizada pela União dos Sindicatos de Base (USB), com menor adesão.
As forças israelitas intercetaram na noite de quarta-feira para quinta-feira a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros - os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.
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