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"Estes são os terroristas da flotilha", diz ministro de Israel

O ministro da Segurança Nacional de Israel, o ultranacionalista Itamar Ben Gvir, classificou hoje como "terroristas" os ativistas da Flotilha Global Sumud, durante uma visita aos detidos no porto israelita de Ashdod.

"Estes são os terroristas da flotilha", diz ministro de Israel

© Getty Images

Lusa
03/10/2025 13:42 ‧ há 13 horas por Lusa

Os ativistas viram as suas embarcações intercetadas entre quarta e quinta-feira pelo exército israelita quando tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

 

"Estes são os terroristas da flotilha. São terroristas", insistiu Ben Gvir, segundo um vídeo divulgado nas redes sociais, em que acrescenta que os ativistas "apoiam assassinos" e que o seu objetivo não era ajudar a população palestiniana, mas sim "os terroristas de Gaza".

"São terroristas, apoiam o terrorismo", continuou a insistir, enquanto alguns dos detidos, que se encontram a aguardar deportação, gritavam "Palestina livre".

O ministro israelita afirmou ainda que a situação a bordo de uma das embarcações "era um caos" e alegou que não havia ajuda humanitária, apesar das imagens divulgadas pelos ativistas durante a viagem a mostrar a carga.

"Tudo era uma grande festa. Não vejo nada aqui. Não há ajuda e não há missão humanitária", declarou Ben Gvir, que tutela a Polícia de Israel no âmbito do Governo liderado por Benjamin Netanyahu, integrado por forças da direita radical e partidos ultraortodoxos.

As autoridades israelitas indicaram hoje que os 470 ativistas que seguiam nas embarcações já passaram por um "processo de inspeção" após o transporte para Ashdod, antes da sua deportação.

Entre os detidos estão os quatro portugueses que integravam a missão: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.

As autoridades israelitas já expulsaram do país quatro deputados e eurodeputados italianos.

A Flotilha Global Sumud, que tentava entregar ajuda a Gaza, denunciou o que considerou ser "um ataque ilegal contra ativistas desarmados" e defendeu a necessidade de "desafiar a normalidade genocida com desobediência civil", perante a ofensiva israelita contra o enclave em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023, reivindicados pelo movimento islamita Hamas.

A ofensiva israelita já provocou mais de 66.200 mortos na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas, incluindo 455 pessoas - entre as quais 151 crianças - vítimas de fome e desnutrição.

Esta situação ocorre no meio de críticas internacionais às ações do exército israelita, em particular ao bloqueio da ajuda humanitária, que levou à declaração de situação de fome no norte do território.

Leia Também: Milhares de malaios protestam contra detenções de membros da Flotilha

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