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Milhares de malaios protestam contra detenções de membros da Flotilha

Milhares de pessoas participaram hoje em Kuala Lumpur numa manifestação para condenar a detenção por Israel de 473 tripulantes duma flotilha humanitária, entre eles 23 malaios, quando navegavam em direção a Gaza com ajuda humanitária.

Milhares de malaios protestam contra detenções de membros da Flotilha

© Lusa

Lusa
03/10/2025 13:40 ‧ há 20 horas por Lusa

O protesto, convocado pelo Conselho Consultivo de Organizações Islâmicas da Malásia (MAPIM), realizou-se em frente à embaixada dos Estados Unidos, no país de maioria muçulmana, e reuniu cerca de cinco mil pessoas, segundo a imprensa local, apesar do mau tempo. 

 

Muitos manifestantes protegiam-se da chuva com chapéus-de-chuva verdes e vermelhos, empunhando bandeiras palestinianas e cartazes com frases como "Todos somos Global Sumud".

"Os voluntários [da flotilha] não trazem armas nem matam ninguém; levam comida, água e medicamentos [para Gaza]. Como é que lhes podem chamar terroristas? É uma afirmação grosseira e ofensiva!", afirmou o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, à comunicação social, a partir de uma mesquita da capital.

Os manifestantes entregaram a um representante diplomático norte-americano em Kuala Lumpur um memorando em que exigem que Washington cesse o "apoio político, económico e militar" a Israel e apoie iniciativas em instituições e mecanismos internacionais para responsabilizar o Estado hebraico.

As críticas aos Estados Unidos surgem numa altura em que é esperada a participação do Presidente norte-americano, Donald Trump, na 47.ª cimeira de líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), de 26 a 28 deste mês, em Kuala Lumpur -- visita que já gerou contestação em alguns setores da sociedade da Malásia.

Na véspera, centenas de pessoas já se tinham manifestado na capital contra a interceção da flotilha, numa marcha que começou no centro da cidade e terminou junto da embaixada norte-americana. 

Segundo a imprensa local, registaram-se alguns incidentes entre civis e a polícia nessa manifestação, de menor dimensão do que a de hoje.

"A Malásia usará todos os meios legítimos e legais ao nosso dispor para garantir que Israel preste contas, sobretudo em assuntos que dizem respeito a cidadãos malaios", assegurou Anwar na quinta-feira.

Israel iniciou a interceção da Global Sumud Flotilla na tarde de quarta-feira e anunciou no dia seguinte o fim da operação, que resultou na detenção de 473 tripulantes, entretanto transferidos para a prisão de Saharonim, no deserto do Negueve, no sul do país.

Na próxima terça-feira cumprem-se dois anos do ataque do Hamas contra Israel de 07 de outubro de 2023.

Leia Também: Flotilha? Rui Tavares apela ao Governo "intensidade" a pedir explicações

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