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Flotilha? Rui Tavares apela ao Governo "intensidade" a pedir explicações

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, pediu hoje ao Governo "intensidade" no pedido de explicações a Israel, nomeadamente chamando o embaixador, sobre o caso da flotilha que rumava a Gaza e da detenção de quatro portugueses que seguiam nas embarcações.

Flotilha? Rui Tavares apela ao Governo "intensidade" a pedir explicações

© Lusa

Lusa
03/10/2025 12:25 ‧ há 1 dia por Lusa

Política

Livre

Em declarações proferidas no contexto de uma ação de campanha para as eleições autárquicas, na Quinta do Cabrinha, em Lisboa, Rui Tavares disse que é preciso "perceber se as detenções foram em águas internacionais, porque nesse caso serão claramente ilegais e isso não pode passar em claro".

 

O deputado partilhou a notícia da libertação de uma eurodeputada dos Verdes italianos, "provavelmente porque a pressão diplomática a nível europeu e dos Estados-membros de que esses deputados são oriundos tem estado a ser mais intensa".

A equipa jurídica que apoia a Flotilha Global Sumud disse hoje que os 473 tripulantes das embarcações detidos pelas forças navais israelitas - entre os quais quatro portugueses, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves - foram transferidos para uma prisão no deserto de Negev, no sul de Israel.

Rui Tavares notou que Portugal reconheceu o Estado da Palestina com as fronteiras de 1967, portanto "as águas em frente à Faixa de Gaza são para Portugal águas territoriais palestinas e não israelitas".

Reconhecer um Estado "não é só uma coisa de boca, é (...) perceber que (...) é uma guerra já entre dois Estados, já não é entre um Estado e um território ocupado", distinguiu, comparando com a Rússia e a Ucrânia, em que "temos um Estado agressor e um Estado que é agredido".

Defendendo "a mesma bitola" para Israel e Palestina e sublinhando que o Direito Internacional tem de ter coerência, o porta-voz criticou a "coisa extraordinária" de dois ministros, o dos Negócios Estrangeiros e o da Defesa, "que não se coordenam um com o outro".

Sobre Nuno Melo, já havia sugerido a sua demissão, na quinta-feira, por se ter ficado a saber, "com meses de atraso", que caça F-35, "aviões muitíssimo letais, estiveram na Base das Lajes [nos Açores]".

Três aeronaves norte-americanas fizeram uma escala na base açoriana das Lajes com destino a Israel, sem comunicação prévia ao chefe da diplomacia portuguesa, uma "falha de procedimento", anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que quer apurar responsabilidades.

A operação teve "comunicação e autorização tácita", com parecer favorável da AAN (Autoridade Aeronáutica Nacional), que depende do Ministério da Defesa Nacional, tutelado por Nuno Melo.

"É de uma grande gravidade" e Nuno Melo "tem explicações a dar", vincou Rui Tavares, adiantando que o Livre e "outros partidos também certamente" chamarão o ministro à Assembleia da República.

A Base Aérea das Lajes, situada no arquipélago dos Açores, é utilizada militarmente pelos Estados Unidos da América, no âmbito de um acordo de cooperação bilateral.

[Notícia atualizada às 13h22]

Leia Também: Mandato de Moedas? Lisboa "parecia Damasco com Bashar Al-Assad"

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