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BE denuncia tentativa de "humilhação" por parte de ministro israelita

A dirigente do BE Joana Mortágua denunciou hoje uma "tentativa de humilhação pública" por parte de ministro israelita contra os membros detidos da Flotilha Global Sumud, pedindo ao Governo que peça explicações ao embaixador de Israel.

BE denuncia tentativa de "humilhação" por parte de ministro israelita

© Blas Manuel

Lusa
03/10/2025 13:56 ‧ há 13 horas por Lusa

"O Governo israelita publicou um vídeo de propaganda em que os membros da flotilha servem de cenário para um dos ministros mais violentos do Governo de Israel, o ministro da Segurança Interna, fazer um ato de tentativa de humilhação pública, de insulto aos membros da Flotilha, que são obrigados a sentarem-se no chão enquanto um ministro do Governo de Israel lhes berra insultos numa língua que eles não compreendem", disse.

 

Em causa estão as declarações do ministro da Segurança Nacional de Israel, o ultranacionalista Itamar Ben Gvir, que classificou hoje como "terroristas" os ativistas da Flotilha Global Sumud, durante uma visita aos detidos no porto israelita de Ashdod.

Joana Mortágua argumentou que "em nenhum Estado democrático um ministro se dirige a um centro de detenção ou a pessoas detidas para as insultar, numa tentativa de degradação e desumanização daquelas pessoas", afirmando não compreender o facto de "o Ministério dos Negócios Estrangeiros ainda não ter chamado o embaixador de Israel para demonstrar claramente o seu protesto e pedir explicações".

A antiga deputada bloquista sublinhou que "Israel tinha dado garantias ao Governo português" de que os detidos "seriam tratados com dignidade" para depois afirmar que "não há nenhuma dignidade em obrigar pessoas inocentes, ativistas a sentarem-se no chão para serem insultados numa língua estrangeira".

"Não há nenhuma dignidade na forma como Israel está a tratar estes presos de forma absolutamente degradante para efeitos de propaganda interna. A palavra de Israel não vale nada. E é por isso que o Governo português deve chamar o embaixador, é isso que nós exigimos e é isso que as famílias também exigem", disse.

Joana Mortágua - irmã da coordenadora do BE, detida em Israel - enfatizou que as famílias "estão sem contacto com os seus familiares há demasiadas horas", pedindo que se empatize com a situação de quem não tem contacto com os familiares e "de repente a única imagem que tem potencialmente deles é sentados no chão a serem insultados numa língua estrangeira num centro de detenção".

A dirigente do BE reforçou ainda, como já tinha feito Marisa Matias esta manhã, que o partido foi informado de que a embaixadora de Portugal em Israel está a chegar ao centro de detenção onde estão os ativistas portugueses e lamentou que, até agora, as famílias não tenham conseguido contactar nenhum dos detidos.

"Fomos também informados de que, após alguma insistência, foi-lhes permitido acompanhamento dos advogados da organização da Flotilha durante os interrogatórios a que foram sujeitos", adiantou.

Leia Também: "Estes são os terroristas da flotilha", diz ministro de Israel

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