"Quero que as autoridades norte-coreanas analisem e considerem esta possibilidade por razões humanitárias", afirmou o presidente sul-coreano, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Lee, que tenta contactar com Pyongyang desde que assumiu o cargo em junho, enfatizou a importância de as famílias poderem confirmar se os seus familiares ainda estão vivos e, em última análise, enviar e receber cartas.
"Eu acredito que esta é uma responsabilidade política tanto da Coreia do Sul como da Coreia do Norte", afirmou durante um encontro com cidadãos que fugiram para a Coreia do Sul durante a guerra.
O presidente sul-coreano chegou mesmo a colocar a possibilidade de permitir que estas famílias "vivam juntas".
"Sinto uma certa culpa porque acredito que esta situação se perpetuou pela falta de ação por parte dos políticos", lamentou.
Os dois países permanecem tecnicamente em guerra e, desde então, não assinaram um tratado de paz. A fronteira entre as duas Coreias continua completamente encerrada e não há contacto direto --- nem mesmo por telefone ou e-mail --- entre os residentes dos dois lados.
No entanto, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, continua a ver a Coreia do Sul como uma ameaça e descreveu as relações entre os dois lados como hostis. Insiste ainda em negar qualquer possibilidade de uma desnuclearização face a uma "aliança de inimigos" que procura cercar o país.
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