"Acredito que isso gera alguma esperança. Espero sinceramente que este plano seja completamente aceite, adotado e posto em prática", afirmou Blinken num podcast do antigo procurador federal Preet Bharara, transmitido hoje.
"Trata-se essencialmente do plano que elaborámos ao longo de muitos meses, mais ou menos, e que deixamos numa gaveta para a nova administração", acrescentou.
Revelado na segunda-feira pelo atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o plano prevê um cessar-fogo, a libertação, em 72 horas, dos reféns detidos em Gaza, o desarmamento do movimento palestiniano Hamas, uma retirada progressiva israelita do território e a criação de uma autoridade de transição supervisionada pelo presidente americano.
O Hamas indicou que está a analisar este plano, reservando a sua resposta.
O antigo secretário de Estado dos EUA da administração do ex-presidente Joe Biden reconheceu, porém, que há riscos inerentes a este quadro, nomeadamente o facto de deixar Israel determinar quando a situação permitirá que se retire completamente da Faixa de Gaza.
"Existem falhas de que poderiam tirar partido se quisessem", afirmou Blinken sobre Israel.
Antony Blinken deslocou-se cerca de 12 vezes ao Médio Oriente após o ataque do Hamas, a 07 de outubro de 2023, contra Israel, esforçando-se por pressionar ambas as partes a aceitar um cessar-fogo.
Israel e o Hamas acabaram por aceitar um cessar-fogo a 19 de janeiro, no último dia do mandato do presidente Biden, com o apoio do novo enviado especial de Trump, Steve Witkoff.
Mas, em março, Israel retomou as suas operações militares de grande envergadura em Gaza e bloqueou toda a entrada de alimentos, levando a uma situação humanitária desastrosa que levou as Nações Unidas a declarar uma fome em algumas partes da devastada Faixa de Gaza.
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