Em comunicado, os movimentos salientam que a tripulação foi "vítima de ataques de intimidação, repressão e rapto pelo marinha do Estado de Israel", como tem acontecido com o povo Palestiniano "e com os povos que resistem às injustiças e agressões protagonizados por governos e empresas contra os povos".
Outras missões do género têm sido consecutivamente e violentamente atacadas, "por representarem atos de resistência popular em resposta à inação e cumplicidade dos sucessivos governos ocidentais perante o genocídio em curso na Palestina", acusam os jovens, concluindo que se assiste de novo ao impedimento por Israel de levar ajuda humanitária para impedir que o povo palestiniano morra de fome.
Os jovens celebram e solidarizam-se com todas as pessoas em resistência, e com todas as tripulantes da Flotilha Global Sumud.
Uma porta-voz dos jovens, citada no comunicado, afirmou: "Os dois anos de genocídio do povo palestiniano pelo governo sionista, a cumplicidade dos governos e grandes empresas europeias e as ações de vários Estados para reprimir e criminalizar aqueles que tomam ação pela libertação da palestina e contra o genocídio não deixam dúvidas: só o povo salva o povo".
Os coletivos pela justiça climática referem também que "parar os ataques à vida, desde os conflitos armados e genocídios, até à exploração de combustíveis fósseis", está nas mãos de todas as pessoas, porque "as pessoas juntas têm o poder parar travar a barbárie e lutar lado a lado pela libertação, justiça e paz."
As forças israelitas intercetaram entre a noite de quarta-feira e a manhã de hoje a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje esperar que os cidadãos portugueses possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.
Também foram detidos 30 espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e 10 franceses, bem como cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia, entre muitos outros -- os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.
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