Esta segunda frota integra oito veleiros do coletivo "Thousand Madleens to Gaza", que zarparam no sábado de Catânia (sul de Itália), e o navio de passageiros "Conscience", da "Freedom Flotilla", que partiu de Otranto (sul) com 92 tripulantes, entre os quais sete espanhóis, desconhecendo-se a nacionalidade dos restantes tripulantes.
Segundo o rastreador naval ativado pelos organizadores, os veleiros navegam atualmente a sul da ilha grega de Creta, enquanto o "Conscience" se encontra mais atrasado, junto à península do Peloponeso.
Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, os organizadores da iniciativa indicaram que o objetivo é "seguir para Gaza para romper o bloqueio" imposto pelas autoridades israelitas.
A missão prossegue apesar de, na noite de quarta-feira, o Exército israelita ter impedido a passagem das cerca de 50 embarcações que integravam a Flotilha Global Sumud, que atravessou o Mediterrâneo depois de partir de portos de Espanha, Tunísia e Itália.
Os ativistas que seguiam a bordo foram detidos, incluindo quatro portugueses, e levados para o porto israelita de Ashdod, de onde deverão ser expulsos.
No entanto, a Flotilha Global Sumud, praticamente desarticulada e com mais de 90% dos seus membros detidos -- 443 de um total de 500 -- pelas forças israelitas, mantém apenas o navio de apoio jurídico "Summertime" no Mediterrâneo, depois da interceção de quase todas as embarcações quando se aproximavam de Gaza.
Desde a tarde de quarta-feira, a Marinha israelita atuou para impedir que os barcos da flotilha -- cujo objetivo era romper o bloqueio a Gaza e levar ajuda humanitária -- entrassem em águas territoriais palestinianas.
Em pouco mais de 12 horas, todas as embarcações foram abordadas e os tripulantes detidos, com exceção do "Summertime", dando assim por concluída a missão.
O Governo israelita, que declarou encerrada a operação apesar da continuidade do "Summertime", já tinha advertido que não permitiria a chegada das embarcações a Gaza.
Telavive propôs que a ajuda humanitária fosse descarregada em portos sob o seu controlo, para ser "organizada e distribuída" pelas autoridades israelitas, hipótese rejeitada desde o início pelos ativistas.
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