Um total de 21 navios, dos 44 registados no rastreador da flotilha, foram intercetados até às 07h00 de hoje, após uma noite de interceções pelas forças israelitas numa operação que ainda está em curso. Outros 23 navios da flotilha estão a caminho.
A Marinha israelita abordou três navios nas últimas horas: o Oxigono, o All-in e o Captain Nikos.
Anteriormente, foram intercetados o Alma, o Adara, o Sirius, o Aurora, o Dir Yassine, o Grande Blu, o Hio, o Huga, o Morgana, o Otaria, o Seulle, o Spectre e o Yulara, transportando cerca de 200 pessoas cujo paradeiro e estatuto, segundo a iniciativa, são desconhecidos.
Entre os detidos por Israel estão a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz portuguesa Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte e também 30 cidadãos espanhóis, 22 italianos, 21 turcos, 12 malaios, 11 tunisinos, 11 brasileiros e dez franceses. Há ainda cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, México e Colômbia.
"O estatuto dos participantes e da tripulação permanece por confirmar", disseram hoje os organizadores, classificando a operação israelita como um "ataque ilegal contra trabalhadores humanitários desarmados".
"Instamos os governos e as instituições internacionais a exigirem a sua segurança e libertação imediatas", exigiu a flotilha.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel anunciou hoje que alguns dos ativistas da flotilha Sumud Global, presos nas últimas horas, vão ser transferidos para território israelita.
De acordo com um comunicado da diplomacia israelita divulgado através das redes sociais, os membros da flotilha humanitária que foram presos "estão seguros e de boa saúde".
O mesmo documento indica que Israel vai iniciar os procedimentos de deportação para a Europa depois de os detidos serem transferidos para território israelita.
A nota não especifica a identidade dos primeiros detidos a serem transferidos para Israel.
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