"Os nossos seis manifestantes pacíficos foram assassinados e dezenas de outros ficaram feridos por disparos diretos da polícia e dos capangas da Conferência Muçulmana", declarou Sardar Sammad Khan, um dos organizadores do protesto na região, à agência de notícias espanhola EFE.
Os protestos começaram depois de a Comissão de Ação Conjunta Awami de Jammu e Caxemira (JKJAAC) ter apresentado uma carta de reivindicações com 38 pontos ao Governo regional.
Tais reivindicações incluíam a eliminação de privilégios para as elites governantes, a eliminação de 12 lugares na Assembleia Legislativa local reservados aos migrantes procedentes da parte indiana de Caxemira e de privilégios para projetos de energia hidroelétrica na região dos Himalaias.
Segundo os organizadores, mais de 150 pessoas ficaram feridas nos confrontos.
Entretanto, a polícia local informou que três dos seus agentes foram mortos durante os protestos.
"Os nossos três polícias foram mortos a tiro por manifestantes violentos", declarou um responsável do comando da polícia de Muzaffarabad.
Em imagens que circulam nas redes sociais, cuja autenticidade não foi verificada, veem-se forças de segurança em veículos blindados a disparar gás lacrimogéneo e até a usar balas verdadeiras contra os manifestantes.
Outros vídeos mostram alguns cadáveres e vários feridos a serem encaminhados para hospitais.
A região de Jammu e Caxemira está dividida entre o Paquistão e a Índia desde a independência dos dois países do Império Britânico, em 1947. Ambas as partes reivindicam a totalidade da região, mas governam-na parcialmente e travaram três guerras por ela.
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