Em entrevista à agência oficial russa TASS, Dodon denunciou que a ajuda ocidental foi determinante para a vitória do PAS -- liderado pela Presidente da Moldova, Maia Sandu - nas eleições legislativas de domingo.
"O objetivo é transformar a Moldova num país anti-Rússia, seguindo o exemplo da vizinha Ucrânia. Dada a divisão na sociedade moldava, isto pode levar a um grande desastre", explicou Dodon.
O Bloco Eleitoral Patriótico (BEP) - movimento político de Dodon, que ficou em segundo lugar nas eleições - ainda não reconheceu os resultados oficiais e promete contestá-los.
Segundo o líder da oposição moldava, o seu partido vai recorrer a "todos os meios legais" para provar que houve fraude eleitoral, acusando a comissão eleitoral e outras instituições do Estado de terem manipulado os resultados.
De acordo com dados oficiais, o PAS conquistou 50,2% dos votos, garantindo a maioria no Parlamento de 101 lugares; o BEP ficou em segundo com 24,2%, seguido pelo Bloco Alternativo (7,96%), o Nosso Partido (6,2%) e a Democracia em Casa (5,62%).
O voto da diáspora revelou-se decisivo, com o PAS a obter 78,11% dos 277.962 votos expressos fora do país.
O partido de Sandu venceu com maioria absoluta na capital, Chisinau, alcançando 52,68% (194.999 votos).
O BEP, por sua vez, venceu nas regiões da Gagauzia e da Transnístria, tradicionalmente mais próximas de Moscovo.
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