"A questão do bloqueio de fundos do Banco Central do Irão não é certa, pois os bancos iranianos sabiam que se ia adotar esta medida. As contas que foram 'congeladas', na verdade, já não tinham ativos", disse segunda-feira à noite, o vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros para a Diplomacia Económica, Hamid Ghanbari, na televisão estatal.
Aquele responsável do executivo declarou que as instituições financeiras do Irão atuaram por antecipação, retirando o dinheiro aplicado e somente mantiveram saldos mínimos nas respetivas contas europeias para evitarem o seu encerramento.
O diplomata iraniano recusou assim os rumores de que os bens da república islâmica estivessem bloqueados com reimposição das medidas punitivas em virtude das seis resoluções da ONU, aprovadas entre 2006 e 2010.
As medidas, readotadas por iniciativa de França, Alemanha e Reino Unido, proíbem o Irão de proceder ao enriquecimento de urânio, de ter qualquer atividade relacionada com mísseis, e impõem o embargo a qualquer fornecimento de armamento e autorizam a revista a aviões e navios iranianos em águas internacionais.
Tais sanções juntam-se às impostas desde 2018 pelos Estados Unidos da América, quando os responsáveis de Washington optaram por romper o entendimento estabelecido pelo acordo nuclear de 2015.
Teerão tem qualificado a reintrodução das medidas de punição como "ilegal e injustificada", pedindo aos restantes países para não as acatarem.
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