O acordo significa "regressar - após o [massacre do Hamas em Israel] de 07 de outubro e após dois anos de dedicação, coragem e sacrifício de um povo de leões, com custos dolorosos e conquistas dramáticas, graças a Deus e com a Sua ajuda em todas as frentes - ao velho conceito de deixar a nossa segurança nas mãos de estrangeiros e de fantasias de que alguém fará o trabalho por nós", afirmou Smotrich na rede social X.
"Trocar as conquistas concretas no terreno por ilusões políticas e render-se a um abraço diplomático de urso e a cerimónias brilhantes, à cânticos políticos de 'dois Estados' (...) representa um regresso ao conceito de Oslo", continuou Smotrich.
Para o ministro de extrema-direita, que faz parte do Governo de Netanyahu, com esta proposta dos Estados Unidos, Israel está a "perder uma oportunidade histórica" de "libertar-se das correntes de Oslo", referindo-se aos acordos assinados na capital norueguesa em 1993 entre o então primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin e o líder palestiniano Yasser Arafat.
O ministro das Finanças israelita afirmou que aceitar esta iniciativa e abandonar a intensa campanha militar contra o Hamas representa "um fracasso político retumbante, fechar os olhos e virar as costas a todas as lições do 07 de outubro", alertando que tal atitude "também terminará em lágrimas".
O responsável israelita referiu que "consultará, avaliará e decidirá" sobre esta proposta sem, para já, ameaçar abandonar o Governo de coligação de Benjamin Netanyahu.
O "acordo de paz" para Gaza apresentado na segunda-feira por Trump na Casa Branca, juntamente com o primeiro-ministro israelita, contempla a criação de um Governo de transição sem a presença do Hamas e supervisionado pelo presidente dos EUA, a desmilitarização da Faixa de Gaza e inclui a possibilidade de negociar um futuro Estado palestiniano.
Nas últimas horas, Netanyahu afirmou, no entanto, que nessa reunião não concordou com Trump sobre o estabelecimento de um Estado palestiniano.
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