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Brinda deixou filho com irmã e foi a comício na Índia. Acabou por morrer

Uma das 40 vítimas mortais da debandada na Índia estava "entusiasmada" por ver o seu ídolo e presidente do partido TKV. Família descobriu este domingo que Brinda, de 22 anos, tinha morrido, depois de ontem o seu telemóvel estar desligado.

Brinda deixou filho com irmã e foi a comício na Índia. Acabou por morrer

© AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
28/09/2025 16:39 ‧ há 4 dias por Notícias ao Minuto

Mundo

Índia

Aumentou para 40 o número de vítimas mortais decorrentes da debandada que aconteceu, no sábado, durante um comício político em Karur, no estado indiano de Tamil Nadu. Este domingo, entre o anúncio de uma compensação às famílias das vítimas mortais e feridos e as declarações da polícia sobre o que terá levado a esta tragédia, há ainda relatos de familiares.

 

À emissora indiana NDTV, a irmã de Brinda, uma das mulheres que morreram, contou como a familiar estava entusiasmada por ir ver Joseph Vijay Chandrasekhar, presidente do partido Tamilaga Vettri Kazhagam (TVK) e também um famoso ator. Terá sido mesmo na sequência do anúncio de que ele estaria presente que uma multidão foi até ao local.

"A minha irmã deixou o filho comigo e disse que iria ao comício. Ligámos para ela por volta das 16 horas, mas não atendeu. Continuámos a tentar, mas não houve resposta", explicou a irmã, cujo nome não foi desvendado. "O telemóvel dela foi desligado depois das 22 horas. Esta manhã, o marido dela enviou uma foto dela para os organizadores, e soubemos que tinha morrido", detalhou.

Brinda, de 22 anos, foi ver Joseph Vijay Chandrasekhar, mais conhecido por apenas Vijay, que era, de acordo com o que a irmã conta, o seu ídolo. Estava entusiasmada quando deixou o filho, de dois anos, em casa da irmã.

Vijay anunciou uma compensação no valor de quase 20 mil euros à família de cada vítima mortal e cerca de dois mil euros a cada pessoa que ficou ferida. Note-se que Vijay anunciou que iria marcar presença ao meio-dia, estando o evento só marcado para as 15 horas. Às 11 horas, começaram a aparecer pessoas no local do comício. As autoridades explicaram este domingo que as autoridades esperavam dez mil pessoas, e apareceram 27 mil.

A irmã diz que a família vai rejeitar a compensação monetária, dizendo que estes anúncios de nada servem se o que mudar não forem as regras de segurança: "Se se organiza um comício, é preciso garantir, que haja espaço, comida e água para as pessoas. Só anunciar indemnização não resolve nada. Não quero dinheiro, quero a vida da minha irmã de volta. Podem devolver a vida dela?"

Recorde-se que o líder do partido chegou ao local depois das 19 horas, ou seja, com sete horas de atraso. Desde o início, que foi descrito que o local não tinha comida ou água suficiente para tantas pessoas, ainda para mais depois de um dia inteiro debaixo do sol.

O partido rejeitou as acusações de que a organização não estava bem feita, de acordo com a imprensa indiana, tendo acrescentando que que se pode ter tratado de "uma conspiração" levada a cabo pelo DMK, o partido que governa no estado indiano onde decorreu o comício. Houve ainda a justificação que o atraso de sete horas se deu ao trânsito.

"Houve uma conspiração, uma conspiração criminosa no incidente de Karur", começou por apontar o advogado do partido, citado pela NDTV. O responsável solicitou, por isso, à justiça que "investigue a situação de forma independente, e não por uma agência estatal".

Leia Também: Imagens, as vítimas e o que 'levou' à debandada na Índia. "Conspiração"?

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