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Irão diz preferir sanções da ONU às "exigências irracionais" dos EUA

O Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse hoje que Teerão prefere o regresso das sanções da ONU do que aceitar "exigências irracionais" dos Estados Unidos sobre o programa nuclear do Irão.

Irão diz preferir sanções da ONU às "exigências irracionais" dos EUA

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Lusa
27/09/2025 13:29 ‧ há 4 dias por Lusa

Mundo

Irão

"Com os homólogos europeus chegámos a conclusões, mas a visão dos EUA é diferente, e é natural que não tenhamos chegado a um entendimento sobre o mecanismo de reinício rápido (das sanções), uma vez que o pedido dos EUA é inaceitável", disse Pezeshkian à televisão estatal iraniana a partir de Nova Iorque, antes de regressar a Teerão depois de participar na 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.

 

Pezeshkian explicou que os Estados Unidos exigiram que o Irão entregasse os mais de 400 quilos de urânio enriquecido a 60% -- muito perto dos 90% necessários para uso militar -- em troca de uma extensão de três meses antes de restaurar as sanções impostas pelas Nações Unidas contra Teerão, antes do acordo nuclear de 2015.

Um pedido que o líder iraniano considerou inaceitável.

"Se tivéssemos de escolher entre as suas exigências irrazoáveis e o rápido reinício (das sanções), escolheríamos o reinício rápido", afirmou.

Pezeshkian considerou que, se Teerão tivesse aceitado essa exigência, os EUA criariam outra dentro de alguns meses e diriam que querem restabelecer as sanções.

A posição do Presidente iraniano surgiu depois de o Conselho de Segurança da ONU ter rejeitado na sexta-feira um projeto de resolução apresentado pela Rússia e pela China para adiar por seis meses o restabelecimento das sanções internacionais contra Teerão.

França, Alemanha e Reino Unido -- conhecidos como E3 -- ativaram em 28 de agosto o mecanismo de restabelecimento automático das sanções internacionais contra o Irão, conhecido como 'snapback', e que entrará em vigor à meia-noite.

O E3 considera que Teerão não cumpriu os compromissos de limitar o programa nuclear definidos no acordo alcançado em 2015, que restringiu as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções internacionais.

O Irão, por sua vez, culpa os Estados Unidos pela atual situação em torno do programa nuclear iraniano, devido à sua retirada do pacto em 2018, e acusa os europeus de não cumprirem a sua parte do acordo.

As potências europeias tinham oferecido a Teerão o adiamento da ativação do mecanismo que restaura as sanções no caso de o país retomar a cooperação com a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), da ONU - suspensa após a guerra de 12 dias com Israel em junho.

Teerão deveria também informar sobre o paradeiro de 400 quilos de urânio enriquecido a 60% e retomar as negociações com Washington.

Até agora, o Irão insistiu que o urânio altamente enriquecido está enterrado sob os escombros das três instalações atacadas pelos EUA e Israel durante a guerra em junho.

O Conselho de Segurança da ONU já tinha rejeitado, a 19 de setembro, um projeto de resolução para o levantamento permanente das sanções impostas ao Irão antes do pacto nuclear de 2015.

O Irão garantiu que, com a entrada em vigor das sanções, adotará medidas de retaliação, incluindo a suspensão do acordo de cooperação com a AIEA, assinado a 9 de setembro.

Leia Também: Irão condena duas pessoas à morte por suposta espionagem para Israel

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