O procurador-geral da província de Alborz, no norte do país, Hossein Fazeli Harkandi, acrescentou que as sentenças não são definitivas e há a possibilidade de recorrerem, segundo a agência Mizan, do Poder Judiciário iraniano, citada pela agência espanhola EFE.
O procurador-geral explicou que os acusados, detidos em maio, foram processados por acusações de "guerra contra Deus", "colaboração com grupos hostis e o regime sionista" e "propaganda contra o sistema", conceitos que englobam uma série de crimes contra o Islão e a segurança pública.
Fazeli Harkandi indicou que os condenados são dois homens residentes na cidade de Karaj e um casal de Isfahan, que faziam parte de uma rede de espionagem ligada à Mossad e ao MEK, organização considerada terrorista por Teerão.
Os arguidos, de acordo com a mesma fonte, receberam formação em "geolocalização de locais sensíveis e construção de projéteis explosivos" e incendiaram instalações militares e públicas.
Segundo o funcionário judicial, a rede também havia recebido instruções para atacar um centro militar em Teerão, mas foram identificados e detidos em maio, antes de perpetrar o ataque.
A prisão ocorreu um mês antes da guerra de 12 dias entre o Irão e Israel, em junho.
Desde então, as condenações por espionagem a favor de Israel dispararam e, até à data, pelo menos sete pessoas foram executadas, sendo a última delas Babak Shahbazi, enforcado em meados de setembro.
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