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Moldova escolhe no domingo UE ou ser "novamente arrastada para a Rússia"

A Presidente da Moldova dramatizou que no domingo os moldavos só podem escolher um de dois caminhos: o que aproxima o país da União Europeia (UE) ou o que o "arraste novamente para a área cinzenta da Rússia".

Moldova escolhe no domingo UE ou ser "novamente arrastada para a Rússia"

© Lusa

André Campos Ferrão
27/09/2025 08:10 ‧ há 1 dia por André Campos Ferrão

"Há dois caminhos para a Moldova: um que é conseguir, apesar da interferência russa, eleger um parlamento que vai apoiar com veemência a integração da Moldova na UE e continuar este trilho de consolidar a nossa democracia, para que, um dia, sejamos parte da família da UE", considerou Maia Sandu, em entrevista à Lusa por videoconferência, a partir de Chisinau.

 

"Ou, se não demonstrarmos resiliência suficiente, a Moldova vai ser novamente arrastada para o passado, para a área cinzenta da Rússia", completou a Presidente, reeleita há quase um ano.

Se, no domingo, as eleições parlamentares decidirem que o partido com maioria, o Partido Ação e Solidariedade (PAS), ao qual pertence Maia Sandu, perde as eleições e não consegue coligar-se com outras forças políticas que queiram continuar o rumo europeu, então "vai ser muito difícil voltar a avançar neste caminho", avisou.

Questionada sobre a possibilidade de precisar de fazer uma coligação para que o PAS continue no poder, Maia Sandu rejeitou responder diretamente e disse que o que interessa é "continuar a lutar pela democracia".

Mas, um ano depois de um referendo que resultou num "sim" maioritário da população sobre a vontade de cumprir o desígnio europeu, a Presidente moldava disse que hoje a luta decorre "em condições bastante mais difíceis".

"Não tenho dúvidas de que a maioria dos moldavos apoia a integração na União Europeia, vimo-lo ao longo dos anos. O problema é que a integração está a ser feita num ambiente em que a Rússia se tornou bastante agressiva comparada com o que viveram outros países e que tiveram a sorte de fazer este processo numa altura em que a Rússia estava menos agressiva", defendeu a chefe de Estado.

"Mas podemos defender a democracia e a paz com uma grande participação", completou Maia Sandu, reconhecendo que "é muito mais difícil para os moldavos" e que "têm de ser resilientes".

"Precisamos de defender aquilo que é correto para o nosso país, precisamos de manter-nos soberanos, a Moldova deve ser decidida pelos moldavos e é nisso que vamos trabalhar com afinco", completou.

De acordo com a última sondagem, divulgada na quinta-feira, o número de eleitores indecisos nas eleições da Moldova é de 27,8%.

O PAS deve obter 28,6% dos votos nas eleições de 28 de setembro, enquanto o Bloco Eleitoral Patriótico, que defende a reaproximação com Moscovo, deve receber 13,9% dos votos, segundo esta pesquisa de opinião.

Leia Também: Rússia contrata jovens para desestabilizar Moldova, diz Presidente

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