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Guterres defende que Acordo de Paris do clima "fez diferença"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu hoje a eficácia do Acordo Climático de Paris, adotado há quase uma década, e pediu novos planos para 2035 que levem a ação climática mais além.

Guterres defende que Acordo de Paris do clima "fez diferença"

© CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images

Lusa
24/09/2025 21:17 ‧ há 1 semana por Lusa

Mundo

ONU

Num evento de alto nível sobre ação climática, em Nova Iorque, um dia depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter feito um discurso a ridicularizar a ciência climática, Guterres salientou que, nos últimos dez anos, a projeção de aumento da temperatura global desceu de quatro graus Celsius para menos de três --- se as atuais contribuições nacionalmente determinadas forem totalmente implementadas.

 

"Agora, precisamos de novos planos para 2035 que vão muito mais além e muito mais rapidamente: realizar cortes drásticos nas emissões alinhados a 1,5 graus, abranger todas as emissões e setores, e acelerar uma transição energética globalmente justa", apelou.

"Os vossos novos planos podem dar-nos um passo significativo à frente", insistiu.

Como exemplos positivos, Guterres lembrou que a China atingiu a sua meta de energia eólica e solar para 2030 seis anos antes do previsto, e que a Índia atingiu 50% da capacidade de geração de eletricidade a partir de combustíveis não fósseis cinco anos antes do limite.

O líder da ONU, que tem na ação climática uma das prioridades do seu mandato, apelou a que a 30.ª Conferência do Clima da ONU (COP30) no Brasil seja concluída com um plano de resposta global fiável para colocar a humanidade no caminho certo.

Guterres apontou cinco áreas cruciais para a ação climática: a energia; o metano -- um potente gás de aquecimento global; as florestas, a indústria pesada, e a justiça climática.

O antigo primeiro-ministro português defendeu que a COP30 deverá mostrar um caminho fiável para mobilizar 1,3 triliões de dólares anuais (1,11 biliões de euros) em financiamento climático até 2035, conforme acordado na COP29 em Baku, no Azerbaijão.

No mesmo evento, em Nova Iorque, a China, a maior nação poluidora em carbono do mundo, anunciou uma nova meta de combate ao clima para reduzir as emissões em 7% a 10% até 2035.

Num discurso em vídeo, o Presidente chinês, Xi Jinping, disse aos líderes presentes que a segunda maior economia do mundo, que há muito tempo vê sua poluição de carbono disparar, finalmente reduzirá as emissões de gases que causam o aquecimento global e condições climáticas extremas.

Leia Também: Guterres: Viabilidade da solução de dois Estados está em risco

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