Peter Mutharika obteve 56,8% dos votos, à frente de Chakwera, que garantiu 33%, disse a presidente da comissão, Annabel Mtalimanja, no Centro de Convenções Internacional de Bingu, na capital do Maláui, Lilongwe, afirmando que "as eleições presidenciais foram livres e justas".
O ex-presidente, do Partido Democrático Progressista (DPP), evitará uma segunda volta , já que, segundo a legislação do país, um candidato precisa obter mais de 50% dos votos para vencer na primeira volta.
Lazrus Chakwera, do Partido do Congresso do Maláui (MCP), admitiu hoje a derrota quando ainda decorria a contagem final, afirmando que o seu rival tinha uma "vantagem insuperável" na corrida presidencial.
"Há alguns minutos telefonei ao professor Mutharika para lhe desejar sorte", disse Chakwera, horas antes de a autoridade eleitoral divulgar os resultados finais da eleição, que também elegerá parlamentares e autoridades locais.
A economia moribunda, assolada pela carência, escassez de divisas e inflação, dominou a eleição no país, onde cerca de 70% dos 21 milhões de habitantes vivem com menos de 2,15 dólares (cerca de 1,82 euros) por dia, segundo o Banco Mundial.
Durante o mandato de Chakwera, os custos dispararam neste país rural e dependente da agricultura, com a inflação a atingir os 33% e o aumento dos preços dos alimentos básicos, como o milho, e dos fertilizantes.
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