A crise económica durante o primeiro mandato de Chakwera, com uma inflação a atingir 33%, impôs-se como o tema central do escrutínio neste país onde mais de 70% dos cerca de 21 milhões de habitantes vivem com menos de 2,15 dólares por dia (1,80 euros).
Os primeiros resultados oficiais relativos a um número limitado de distritos dão uma clara vantagem ao ex-Presidente Peter Mutharika (2014-2020), de 85 anos, face ao incumbente.
Meios de comunicação locais, que fazem a sua própria contagem, preveem a vitória do octogenário, um antigo professor de direito.
Hoje, Chakwera acusou o Partido Progressista Democrático (DPP, na sigla em inglês) de Mutharika de tentar "roubar (o seu) caminho para a vitória".
Vitumbiko Mumba anunciou que o seu Partido do Congresso do Maláui (MCP, na sigla em inglês) apresentou um recurso junto da comissão eleitoral.
Lazarus Chakwera, de 70 anos, e o MCP tinham vencido as eleições de 2020 na sequência da anulação judicial das de 2019, devido a graves irregularidades envolvendo o partido de Mutharika.
Na sexta-feira, o MCP já tinha relatado irregularidades e a polícia anunciou desde então a prisão de oito escrutinadores eleitorais suspeitos de manipulação de resultados.
A comissão eleitoral tem até quarta-feira para anunciar os resultados definitivos.
Por sua vez, o DPP de Mutharika repetiu à imprensa que a sua própria contagem o dava como vencedor. "Esta eleição já estava ganha. A mudança está a chegar", declarou a responsável pelas eleições do partido, Jean Mathanga.
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