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Mais de três centenas de famílias fugiram de Mocímboa da Praia para Mueda

Pelo menos 325 famílias refugiaram-se nos últimos dias em Mueda, após novo ataque por alegados terroristas na vila de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, revelou o administrador daquele distrito, Atanásio Amba.

Mais de três centenas de famílias fugiram de Mocímboa da Praia para Mueda

© Lusa

Lusa
24/09/2025 09:21 ‧ há 1 semana por Lusa

"Tivemos a entrada de 325 famílias, sendo um total de 879 pessoas. Temos tido algum constrangimento no registo [de deslocados], portanto entram, mas não se deslocam para o centro de reassentamento", disse Atanásio Amba, citado hoje pela comunicação social.

 

Quatro pessoas foram mortas no noite de domingo por supostos terroristas nos arredores da vila de Mocímboa da Praia, e uma outra foi raptada, no mesmo local onde duas semanas antes outras cinco foram assassinadas, disseram à Lusa fontes locais.

Segundo o administrador de Mueda, a região regista atualmente dificuldades para prover o básico para as populações deslocadas.

"Temos enfrentado problemas de água, problemas de saneamento, por exemplo, tem havido necessidade de termos lajes para a construção de latrinas melhoradas", acrescentou.

O administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, assumiu na segunda-feira a preocupação local com o aumento da insegurança naquele distrito de Cabo Delgado, após novo ataque, com quatro mortos, por alegados terroristas.

"A nossa maior preocupação é mesmo com o aumento da insegurança. Neste momento, a vida está a fluir, mas não com muito sorriso (...). Há alguma preocupação, alguma angústia e sobretudo na camada dos funcionários, mas estamos a trabalhar", disse Sérgio Cipriano, citado pela comunicação social local, reagindo a novo ataque próximo à vila sede do distrito.

No final de julho, ataques de grupos terroristas no sul da província de Cabo Delgado já tinham provocado mais de 57 mil deslocados no distrito de Chiúre, segundo dados oficiais anteriores.

A província de Cabo Delgado regista um recrudescimento de ataques de grupos rebeldes desde julho, tendo sido alvos os distritos de Chiúre, Muidumbe, Quissanga, Ancuabe, Meluco e mais recentemente Mocímboa da Praia.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques, no norte de Moçambique, a maioria reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo um estudo divulgado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano.

Leia Também: Governo moçambicano reconhece dificuldades para reestruturar LAM

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