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Casa Branca mantém apoio a responsável apesar de revelação de suborno 

A Casa Branca reiterou hoje o apoio ao responsável pelas fronteiras, Tom Homan, apesar da divulgação de que aceitou um suborno de agentes da polícia federal de investigação (FBI) disfarçados de empresários numa operação secreta. 

Casa Branca mantém apoio a responsável apesar de revelação de suborno 

© Pixabay

Lusa
22/09/2025 21:46 ‧ há 1 semana por Lusa

Mundo

EUA

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, caraterizou o encontro de Homan com os agentes secretos, em 2024, como uma tentativa do governo do ex-Presidente Joe Biden de "prender um dos principais aliados e apoiantes do Presidente (Trump), alguém que eles sabiam muito bem que iria assumir um cargo no governo". 

 

"A Casa Branca e o presidente apoiam Tom Homan a 100% porque ele não fez absolutamente nada de errado e é um servidor público corajoso que fez um trabalho fenomenal ao ajudar o Presidente a fechar a fronteira", disse Leavitt. 

A MSNBC noticiou no sábado que Homan tinha aceitado o dinheiro durante um encontro no ano passado com agentes secretos que se faziam passar por empresários em busca de contratos governamentais. 

Homan, que já tinha exercido funções no primeiro governo de Trump, terá sugerido que poderia ajudar os supostos empresários a obter contratos num segundo mandato.  

Duas pessoas familiarizadas com a investigação confirmaram, sob anonimato, os detalhes à Associated Press. 

O Departamento de Justiça da administração Trump, que encerrou a investigação após a tomada de posse do novo Presidente, disse que o assunto foi "submetido a uma revisão completa", sem que as autoridades tenham encontrado "qualquer prova credível de qualquer irregularidade criminal".  

Sem apresentar provas, a Casa Branca qualificou a investigação do governo de Biden como politicamente motivada. 

"Os recursos do Departamento [de Justiça] devem manter-se focados em ameaças reais ao povo norte-americano, e não em investigações infundadas", afirmaram o diretor do FBI, Kash Patel, e o procurador-geral adjunto, Todd Blanche, em comunicado justificando o encerramento da investigação. 

Leavitt insistiu hoje numa conferência de imprensa que Homan "nunca pegou nos referidos 50 mil dólares", embora não tenha explicado o que queria dizer. 

A revelação gerou novas preocupações sobre a interferência política em assuntos do Departamento de Justiça, numa altura em que os apelos de Trump para processos judiciais contra os seus adversários estão a testar a longa tradição de independência da procuradoria no que diz respeito a decisões de acusação.  

Trump intensificou no fim de semana a sua campanha de pressão sobre o Departamento de Justiça, pedindo publicamente à procuradora-geral Pam Bondi que prosseguisse com os processos contra a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, o ex-diretor do FBI James Comey e o senador democrata Adam Schiff. 

O senador democrata Chris Murphy disse à ABC News que atualmente "existem apenas dois padrões de justiça" no país: "Se for amigo do Presidente, um leal ao Presidente, pode safar-se de quase tudo... mas se for um adversário do Presidente, pode acabar na cadeia". 

"Veja-se o que aconteceu a Tom Homan (...) que aceitou literalmente um saco de dinheiro - 50 mil dólares - e a investigação foi arquivada assim que Trump se tornou Presidente", disse

Homan passou a ser investigado pelo Departamento de Justiça depois de um alvo de uma investigação separada ter sugerido que estava a solicitar subornos, disse uma das fontes que confirmou à AP os detalhes da investigação.  

Uma porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, disse que Homan "não esteve envolvido em nenhuma decisão de atribuição de contratos". 

"Esta investigação descaradamente política, que não encontrou provas de atividade ilegal, é mais um exemplo de como o Departamento de Justiça de Biden estava a usar os seus recursos para atingir os aliados do Presidente Trump em vez de investigar criminosos reais e os milhões de imigrantes ilegais que inundaram o nosso país", disse Jackson em comunicado. 

Homan tem sido uma figura-chave das políticas restritivas da imigração e dos esforços de deportação, tendo na primeira administração Trump desempenhado as funções de diretor interino do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE).

Pouco depois da vitória presidencial de Trump, em novembro de 2024, o presidente anunciou que Homan iria atuar como "czar da fronteira" no novo governo. 

Leia Também: Hamas propõe aos EUA libertar metade dos reféns em troca de trégua

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