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Hamas propõe aos EUA libertar metade dos reféns em troca de trégua

O Hamas propôs ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que assegure um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza em troca da libertação de metade dos reféns que mantém no enclave, confirmou à EFE o movimento islamita palestiniano.

Hamas propõe aos EUA libertar metade dos reféns em troca de trégua

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Lusa
22/09/2025 20:57 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

EUA

A notícia foi avançada pela cadeia televisiva norte-americana Fox News, citando um alto funcionário do governo Trump e uma pessoa envolvida nas negociações, que adiantaram que a proposta do grupo consta de uma carta que deverá ser formalmente entregue a Trump esta semana.

 

Uma fonte do Hamas no Cairo disse à EFE que a carta foi já entregue ao Egito e ao Qatar, mediadores da guerra na Faixa de Gaza, que serão responsáveis pela sua entrega a Trump.

Referiu ainda que a proposta inclui um "pedido de garantia pessoal de Trump" para a implementação de um cessar-fogo de 60 dias, enquanto o Hamas libertará metade dos 48 reféns mantidos na Faixa de Gaza.

O Presidente norte-americano tem exigido repetidamente a libertação de todos os reféns capturados pelo Hamas após o ataque de 07 de outubro de 2023.

Desde o início da guerra em resposta ao ataque do Hamas, foram tentados vários acordos de cessar-fogo para permitir o avanço das negociações em troca da libertação de prisioneiros por ambos os lados. 

A maioria deles foi violada por Israel: o último acordo aceite pelo Hamas, a 18 de agosto, previa que 10 reféns israelitas fossem libertados em troca de um fluxo maciço de ajuda ao enclave para aliviar a grave crise humanitária enfrentada pela população de Gaza.

Contudo, Telavive ignorou a proposta e continuou com os seus planos para tomar a Cidade de Gaza.

Este domingo, o exército israelita confirmou que os seus tanques já estão a entrar na cidade, com o objetivo de deslocar o seu milhão de habitantes.

Cerca de 550 mil pessoas fugiram desde que as forças armadas israelitas intensificaram os seus ataques, em meados de agosto.

O braço armado do Hamas divulgou hoje um vídeo que mostra o refém germano-israelita Alon Ohel, de 24 anos, raptado durante o ataque de 07 de outubro de 2023 em Israel, que desencadeou a guerra em Gaza.

O jovem - residente na aldeia de Lavon, no norte de Israel - surge pela segunda vez este mês em imagens divulgadas pelas brigadas Izz al-Din al-Qassam. 

Nas imagens, Ohel, envergando uma t-shirt preta, dirige-se ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pedindo-lhe que garanta a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza.

Ohel pede também à família para manter os protestos contra o governo. 

No início deste mês, o Hamas já tinha divulgado um vídeo em que Ohel aparecia ao lado de outro refém, Guy Gilboa-Dalal.

Segundo dados israelitas, 251 pessoas foram raptadas a 07 de outubro, das quais 47 permanecem em Gaza, incluindo 25 que são dadas como mortas pelo Exército.

O ataque causou 1.219 mortos em Israel, na maioria civis, enquanto a ofensiva militar israelita em Gaza já provocou 65.344 mortos, também sobretudo civis, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, cujos números são considerados credíveis pela ONU.

Portugal, Reino Unido, Canadá e Austrália reconheceram formalmente no domingo o Estado da Palestina, num contexto de crescente pressão diplomática para avançar com uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, marcado por décadas de impasse nas negociações de paz.

Israel rejeitou o reconhecimento e argumentou que é uma "enorme recompensa ao terrorismo". Em palavras dirigidas aos líderes ocidentais, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou que não haverá um Estado palestiniano.

Já o movimento islamita Hamas afirmou que o reconhecimento representa "uma vitória" para os direitos dos palestinianos.

A França também reconhecerá o Estado palestiniano durante a conferência sobre a solução dos dois Estados, no âmbito da semana de alto nível da 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Quase 150 países reconhecem o Estado palestiniano em todo o mundo.

Leia Também: Trump vê reconhecimento da Palestina como recompensa para Hamas

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