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"Criação de Estado palestiniano colocaria existência de Israel em risco"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu hoje que a criação de um Estado palestiniano colocará em risco a existência de Israel e prometeu combater os apelos nesse sentido perante a Assembleia Geral da ONU.

"Criação de Estado palestiniano colocaria existência de Israel em risco"

© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images

Lusa
21/09/2025 13:48 ‧ há 1 semana por Lusa

"Teremos de (...) lutar na ONU e em todos os outros fóruns contra a propaganda enganosa contra nós e contra os apelos à criação de um Estado palestiniano, que colocaria em risco a nossa existência e constituiria uma recompensa absurda ao terrorismo", afirmou.

 

"A comunidade internacional ouvirá a nossa posição sobre este assunto nos próximos dias", disse Netanyahu antes de uma reunião do Conselho de Ministros, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Netanyahu deverá discursar perante a Assembleia Geral em Nova Iorque na sexta-feira, para divulgar a versão de Israel sobre o conflito com os palestinianos.

"É a verdade de Israel, mas também a verdade objetiva que supõe a nossa luta justa contra as forças do mal e a nossa visão de uma paz verdadeira", alegou, de acordo com declarações divulgadas pelo seu gabinete.

Depois da ONU, deverá reunir-se na segunda-feira seguinte, 29 de setembro, com o Presidente Donald Trump em Washington, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

"Esta será a quarta vez que me reunirei com ele desde o início do seu segundo mandato, mais do que com qualquer outro líder mundial. E temos muito sobre o que conversar", disse Netanyahu.

Israel tem em curso uma ofensiva militar de grande escala na Faixa de Gaza em resposta ao ataque que sofreu em outubro de 2023 do grupo extremista Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Desde então, mais de 65 mil palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, onde Israel enfrenta acusações de genocídio e de usar a fome como arma de guerra.

Israel nega tais acusações, mesmo depois de a ONU ter declarado em agosto a fome no norte da Faixa de Gaza, situação que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

A guerra em Gaza levou vários países a tentarem reavivar a solução dos dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, que preconiza a coexistência pacífica de Israel e da Palestina.

Nesse sentido, Portugal vai oficializar hoje o reconhecimento do Estado da Palestina, o que deverá acontecer também com o Reino Unido, antes de uma dezena de países o fazerem durante a Assembleia Geral da ONU, a partir de segunda-feira.

Benjamin Netanyahu também se pronunciou hoje sobre a Síria e afirmou que há "alguns avanços" nas conversações com Damasco sobre um acordo em matéria de segurança.

"Estamos em conversações com os sírios, há alguns avanços, mas ainda há uma visão de futuro a alcançar", afirmou.

Netanyahu defendeu que o diálogo com Damasco só é possível graças às operações militares que Israel tem mantido nos últimos dois anos, desde o lançamento da ofensiva em Gaza.

As operações incluíram ações no Líbano e na própria Síria, onde ocupa a zona desmilitarizada em território sírio.

De acordo com o portal norte-americano Axios, Israel apresentou na terça-feira uma proposta sobre a situação de segurança no sudoeste da Síria, junto à fronteira comum.

Entre as exigências apresentadas por Israel estaria a criação de uma zona de exclusão aérea e de uma zona desmilitarizada na fronteira com a Síria, mantendo, no entanto, liberdade total para o dispositivo militar israelita, segundo o Axios.

Israel ocupou os Montes Golã, território sírio, durante a guerra de 1967 e anexou-os em 1981.

Desde 1974, a fronteira entre os dois países é separada, do lado sírio, por uma zona desmilitarizada controlada pela Força de Observação da ONU para a Separação (UNDOF, na sigla em inglês).

Leia Também: Governo reconhece hoje Estado da Palestina: "Importante" ou "inoportuno"?

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