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Rússia rejeita ter violado espaço aéreo da Estónia

O Ministério da Defesa russo rejeitou hoje que a sua aviação tenha violado o espaço aéreo da Estónia, como alega este país, que invocou o artigo 4.º do Tratado da NATO para realizar consultas com os seus aliados.

Rússia rejeita ter violado espaço aéreo da Estónia

© Getty Images

Lusa
20/09/2025 00:02 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Rússia

"No dia 19 de setembro, três caças MiG-31 realizaram um voo programado da Carélia (na fronteira com a Finlândia) para Kaliningrado", enclave russo no Báltico, refere o comunicado militar de Moscovo.

 

O governo da Estónia denunciou hoje a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo (encarregado de negócios) para protestar perante tal incidente.

A Estónia anunciou ainda que vai solicitar à NATO a ativação do artigo 4.º do Tratado do Atlântico, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaça, após a violação do seu espaço aéreo pelos caças russos.

Segundo o comunicado do ministério russo, "durante o voo, as aeronaves russas não se desviaram da rota de voo acordada e não violaram o espaço aéreo estónio".

"O voo foi realizado em estrita conformidade com as normas internacionais de espaço aéreo, sem violar as fronteiras de outros Estados, o que é confirmado por métodos objetivos de controlo", e as aeronaves sobrevoaram "as águas neutras do Mar Báltico a uma distância de mais de três quilómetros da Ilha de Vaindloo", no Golfo da Finlândia, adianta.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, saudou a resposta "rápida e decisiva" da Aliança Atlântica à incursão de aviões de combate russos na Estónia, após ter falado com o primeiro-ministro da Estónia, Michal Kristen.

De acordo com um responsável da NATO, que falou sob anonimato e citado pelas agências internacionais, F-35 italianos, aviões de combate fabricados nos Estados Unidos, intercetaram os caças russos.

Rutte referiu nas redes sociais que os três caças russos MiG-31 foram intercetados no âmbito da nova iniciativa militar "Sentinela Oriental", lançada na semana passada para reforçar a defesa do flanco leste da NATO.

O Quartel-General Supremo das Potências Aliadas da NATO na Europa (SHAPE) referiu que, além dos caças F-35 da Força Aérea Italiana atualmente posicionados na Base Aérea de Ämari, responderam ao incidente aeronaves de reação rápida da Suécia e da Finlândia.

O incidente de hoje na Estónia é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por 19 'drones' (aeronaves pilotadas remotamente) russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, com apoio de países aliados.

Esta foi a primeira vez que a NATO teve de abater veículos aéreos não tripulados em território aliado.

Na ocasião, a Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO.  

Horas depois do incidente de hoje, a Guarda de Fronteiras da Polónia informou que dois caças russos sobrevoaram "a baixa altitude" a plataforma petrolífera Petrobaltic, no Mar Báltico, violando a zona de segurança da infraestrutura.  

Leia Também: Macron denuncia "provocações e ações irresponsáveis" da Rússia

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