"A conclusão é incontornável: Israel está a cometer genocídio em Gaza", escreveu Sanders num artigo de opinião intitulado "É Genocídio", publicado nas redes sociais.
O veterano político, duas vezes candidato presidencial e de origem judaica, admitiu que "muitas pessoas podem discordar" desta posição.
Sanders sublinhou que Israel tinha "o direito de se defender" após o "ataque brutal" do Hamas em 07 de outubro de 2023, mas acusou o Governo de Benjamin Netanyahu de ter optado por "uma guerra total contra todo o povo palestiniano".
O político progressista norte-americano denunciou ainda que, "com o total apoio do Governo [do Presidente Donald] Trump, o executivo extremista de Netanyahu está a implementar abertamente uma política de limpeza étnica em Gaza e na Cisjordânia".
O senador pelo Vermont defendeu que "quer se chame genocídio, limpeza étnica, atrocidades em massa ou crimes de guerra, o caminho é claro: os Estados Unidos devem acabar com a sua cumplicidade no massacre do povo palestiniano".
Sanders - que recentemente liderou uma proposta para travar a venda de armamento a Israel - alinhou a sua posição com as conclusões de uma comissão independente das Nações Unidas, que afirmou esta semana que pelo menos quatro dos cinco atos definidos na Convenção contra o Genocídio de 1948 estão a ser praticados em Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, os ataques israelitas já causaram 65.141 mortos e mais de 165.900 feridos.
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