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Liga Árabe acusa Israel de destruir bases para coexistência pacífica

A Liga Árabe acusou hoje Israel de "destruir todos os fundamentos para a coexistência pacífica" no Médio Oriente com as suas ações, após ter bombardeado uma delegação negocial do movimento islamita palestiniano Hamas no Qatar.

Liga Árabe acusa Israel de destruir bases para coexistência pacífica

© Reuters

Lusa
15/09/2025 19:40 ‧ há 2 semanas por Lusa

"O que o vosso Governo está a fazer em vosso nome destrói todos os fundamentos para a coexistência pacífica na região e coloca as gerações futuras perante um futuro sombrio, dominado pela violência e pelo conflito", declarou o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgheit, numa mensagem dirigida aos cidadãos israelitas no início de uma cimeira em Doha.

 

O encontro - convocado pelo Qatar, pela Liga Árabe e pela Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) - reúne mais de 50 chefes de Estado e altos responsáveis de países árabes e islâmicos, entre os quais o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

O líder da organização pan-árabe sublinhou que "os crimes [de Israel] não serão esquecidos" e que "o recente ataque a um país [Qatar] que sempre tentou alcançar acordos para deter a guerra e salvar vidas, incluindo as dos reféns [israelitas], também não será esquecido".

"Trata-se de um Governo de um Estado criminoso, na região e em todo o mundo", denunciou o egípcio, afirmando que o bombardeamento em Doha "ultrapassou todos os limites e violou todos os princípios humanos e normas civilizacionais que a humanidade, desde há séculos, acordou respeitar: não atacar mediadores nem negociadores".

Abulgueit indicou também que esta cimeira pretende não só solidarizar-se com o Qatar, como enviar uma mensagem aos países ocidentais.

"Basta de silêncio perante o comportamento deste Estado criminoso que provocou incêndios na região, que assassinou, deslocou e condenou à fome povos inteiros para servir os seus objetivos, já revelados, seja movido por ambições pessoais ou ideologias doentias, querendo impor-nos a lei da selva", declarou.

Neste sentido, lembrou que "o silêncio perante o crime é, em si mesmo, um crime" e que "o silêncio perante as violações da lei mina todo o sistema internacional".

"O silêncio de dois anos perante a barbárie em Gaza fortaleceu entre os líderes da ocupação a ideia de que tudo é possível e que qualquer crime pode ficar impune. Assim, espalharam a destruição de país em país, incendiando toda a região, como se o mundo tivesse regressado às eras de barbárie e trevas que pensávamos há muito passadas", sustentou.

O ataque israelita de 9 de setembro, em Doha, teve como alvo uma reunião de negociadores do Hamas, enquanto discutiam uma proposta de Washington para um cessar-fogo em Gaza.

Este foi condenado como "uma traição" e "terrorismo de Estado" pelo Qatar, mediador, juntamente com o Egito e os Estados Unidos, nas negociações para a paz na Faixa de Gaza.

Leia Também: Flotilha acusa Israel de usar espaço aéreo da UE em ataques a barcos

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