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Talibãs e enviado dos EUA reúnem-se em Cabul para discutir prisioneiros

O ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de facto do Afeganistão, Mawlawi Amir Khan Muttaqi, reuniu-se hoje, em Cabul, com uma delegação norte-americana liderada por Adam Boehler, enviado especial do Presidente Donald Trump para assuntos relacionados com prisioneiros.

Talibãs e enviado dos EUA reúnem-se em Cabul para discutir prisioneiros

© Bilal Guler/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
13/09/2025 15:18 ‧ há 3 semanas por Lusa

O encontro teve como objetivo abordar a situação de cidadãos detidos, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros talibã.

 

Segundo um comunicado, as duas partes discutiram "formas de expandir as relações bilaterais, questões relacionadas com os cidadãos, assim como oportunidades de investimento e outros temas de interesse no Afeganistão".

Os talibãs sublinharam ainda que representantes de ambos os países "reconheceram a necessidade de manter o diálogo sobre questões bilaterais atuais e futuras, em especial sobre os cidadãos encarcerados".

Recorde-se que, a 20 de março, os talibãs libertaram um cidadão norte-americano com a mediação do Qatar.

Muttaqi destacou as conversações anteriores em Doha e defendeu que "existe agora uma oportunidade para normalizar as relações", acrescentando que "não há problemas complexos nas relações bilaterais que sejam impossíveis de resolver".

Já Adam Boehler assegurou que Washington "respeita a liberdade das nações para decidirem por si próprias e não pretende impor nada ao povo afegão".

O representante norte-americano apresentou ainda condolências pelo terramoto de 31 de agosto, no leste do Afeganistão, que provocou mais de 2.200 mortos.

Também participou na reunião o antigo embaixador dos EUA em Cabul, Zalmay Khalilzad.

Este encontro insere-se na estratégia dos talibãs para obterem reconhecimento internacional do seu regime.

Desde que regressou ao poder, em agosto de 2021, o movimento fundamentalista permanece praticamente isolado da comunidade internacional, sendo a Rússia o único país que até agora o reconheceu como governo legítimo do Afeganistão.

Embora a retirada das tropas norte-americanas tenha acontecido sob a administração de Joe Biden, foi durante o mandato de Donald Trump que foram assinados os Acordos de Doha, que estabeleceram a saída das forças dos EUA após mais de 20 anos de presença no Afeganistão.

Leia Também: UNESCO alerta para aumento dramático de 44% de ataques a escolas em 2024

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