Procurar

UNESCO alerta para aumento dramático de 44% de ataques a escolas em 2024

A UNESCO manifestou na terça-feira "grande preocupação" com o aumento dramático de 44% dos ataques a centros educativos em todo o mundo no ano passado, em comparação com 2023, com particular incidência na Ucrânia, Gaza, Myanmar, Haiti e Afeganistão.

UNESCO alerta para aumento dramático de 44% de ataques a escolas em 2024

© -/AFP via Getty Images

Lusa
10/09/2025 06:39 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

UNESCO

Num comunicado por ocasião do Dia Internacional para a Proteção da Educação contra Ataques, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) destacou o nível alarmante que estes ataques atingiram e o facto de isso "colocar em risco brutal o futuro de centenas de milhares de crianças e jovens".

 

A ONU especificou, num relatório publicado em junho, que foram registados ataques contra 1.265 escolas em 2024.

Embora tenham ocorrido casos em todo o mundo, o problema é particularmente preocupante em áreas afetadas por conflitos armados ou crises prolongadas, principalmente na Ucrânia, Médio Oriente (especialmente Gaza), Myanmar (antiga Birmânia), Haiti e Afeganistão.

O maior número de ataques ocorreu na Ucrânia (559) e em Gaza (148).

A UNESCO denunciou que, embora o direito internacional humanitário exija a proteção das escolas em todas as circunstâncias, a sua utilização para fins militares é cada vez mais comum e observou que 85 milhões de crianças estão fora da escola em contextos de crise.

Para fazer face a esta situação, a organização está a mobilizar os seus parceiros locais para "fornecer soluções educativas concretas" em 31 países afetados pela crise e oferecer "apoio material e psicossocial a dezenas de milhares de estudantes e professores", particularmente no Afeganistão, Gaza, Sudão, Síria e Ucrânia.

A organização está também a desenvolver um plano de ação para fornecer aos estados um roteiro para a preparação de métodos alternativos de aprendizagem em caso de crise, sublinhando que "nada pode substituir a obrigação de respeitar o direito internacional humanitário".

O Governo ucraniano revelou na semana passada que o ano letivo na Ucrânia arrancou oficialmente com 2,3 milhões de alunos em regime presencial, mais 103 mil do que em 2024, e centenas de abrigos em construção para proteção de ataques russos.

Os dados foram avançados pela primeira-ministra Yulia Svyrydenko na rede social Telegram, que indicou que, apesar da redução do ensino à distância, este abrange ainda 1,2 milhões de crianças, perfazendo um total de 3,5 milhões de alunos nas escolas do país.

Leia Também: Unesco quer reforçar educação sexual de 30 mil estudantes em Moçambique

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10