A agência estatal Anadolu informou que o Ministério Público de Istambul ordenou as detenções em conexão com uma investigação sobre alegadas extorsões, subornos, fraudes e manipulação de licitações pelo município de Bayrampasa, em Istambul.
O presidente da câmara de Bayrampasa, Hasan Mutlu, negou as acusações numa declaração no X.
"O que está a acontecer consiste em operações políticas e calúnias infundadas. Tenham a certeza de que, juntamente com vocês, os estimados residentes de Bayrampasa, vamos superar essas calúnias e esses atos de desonestidade", disse Mutlu.
Mais de uma dúzia de presidentes de câmara do principal partido da oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP), e centenas de funcionários municipais foram detidos nos últimos meses por alegada corrupção, incluindo o presidente da câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu.
A detenção de Imamoglu, considerado o principal adversário do presidente Recep Tayyip Erdogan nas próximas eleições presidenciais, levou a protestos generalizados.
O CHP afirma que as detenções e acusações fazem parte de uma ofensiva do Governo para enfraquecer a oposição e abrir caminho para mais cinco anos no cargo para Erdogan.
O Governo nega as alegações e afirma que os tribunais da Turquia são independentes.
Num caso importante que será julgado na segunda-feira, espera-se que um Tribunal decida se anula o Congresso do CHP de 2023, uma decisão que poderia alterar a liderança do partido e deixá-lo em desordem.
O CHP obteve ganhos significativos nas eleições locais realizadas no ano passado.
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