O Banco Central da Turquia decidiu hoje baixar a principal taxa diretora de 43%, fixada em julho, para 40,5%, um corte de 250 pontos base, justificado pela desaceleração da inflação e pela fraca procura interna, foi anunciado.
A instituição mantém, assim, a dinâmica de descidas iniciadas em dezembro de 2024, embora interrompida por uma subida em abril passado, devido a turbulências políticas.
Ao mesmo tempo que reduz para 40,5% a taxa de empréstimos a uma semana, o Banco reduz de 46% para 43,5% a taxa de empréstimos concedidos a um dia (overnight) e de 41,5% para 39% a taxa de empréstimos solicitados com o mesmo prazo.
Num comunicado, o banco emissor turco justifica a descida com o facto de "a tendência subjacente da inflação ter abrandado em agosto", indicando que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre superou as projeções e que a procura interna continuava fraca.
"Os dados recentes mostram que as condições da procura estão num nível de deflação", indica o Banco, embora reconheça que "os preços dos alimentos e dos serviços com grande inércia exercem uma pressão ascendente sobre a inflação" e que "as expectativas em relação à inflação continuam a representar um risco".
A inflação homóloga em setembro situou-se em 32,9%, apenas meio ponto abaixo do valor de agosto, mês em que o Banco reiterou o objetivo de atingir, até ao final do ano, um valor homólogo de 24%.
Após anos de taxas extremamente baixas para incentivar o consumo e o emprego, o Banco Central da Turquia iniciou em junho de 2023 um aumento gradual das taxas, até atingir 50% em 2024, dinâmica que começou a reverter-se em dezembro passado com uma redução escalonada.
Ao contrário da prática habitual de fixar as taxas de juro todos os meses, o Banco Central realiza este ano apenas oito reuniões dedicadas à política monetária.
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