A esposa de Charlie Kirk, o ativista conservador que foi assassinado durante um debate universitário perante centenas de pessoas, na Universidade Utah Valley, na quarta-feira, assegurou, na sexta-feira, que "ninguém esquecerá o nome" do seu marido e que continuará o seu legado.
Numa transmissão em direto a partir da sede da organização de Kirk, a Turning Point USA, Erika Kirk agradeceu não só aos socorristas que procuraram salvar a vida do ativista de 31 anos, como também ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao vice-presidente, JD Vance, e a segunda-dama, Usha Vance, pelo seu apoio.
"Senhor presidente, o meu marido amava-o e sabia que o senhor também o amava. Amava-o mesmo. A vossa amizade era incrível. O senhor apoiou-o muito, tal como ele o apoiou a si", disse, em lágrimas.
Junto à cadeira vazia do marido e diante de um púlpito com a inscrição "que Charlie seja recebido nos braços misericordiosos de Jesus, o nosso Salvador", Erika Kirk apontou que, "acima de tudo, Charlie amava os seus filhos", um menino de um ano e uma menina de três anos.
Mrs. Erika Kirk Addresses The Nation After Her Husband’s Assassination@TPUSA @MrsErikaKirk pic.twitter.com/55Gvxtbc7G
— Charlie Kirk (@charliekirk11) September 13, 2025
"Quando cheguei a casa, ontem à noite, a nossa filha correu para os meus braços... e disse: ‘Mamã, tive saudades tuas.’ Eu respondi: ‘Também tive saudades tuas, querida.’ Ela perguntou: ‘Onde está o papá?’ O que se diz a uma criança de três anos? Ela tem três anos. Eu respondi: ‘Querida, o papá ama-te muito. Não te preocupes. Ele está numa viagem de trabalho com Jesus’", contou.
"A todos que estão a ouvir esta noite em toda a América, o movimento que o meu marido construiu não morrerá. Não morrerá, recuso-se a deixar isso acontecer... Todos nós nos recusaremos a deixar isso acontecer. Ninguém esquecerá o nome do meu marido, e certificar-me-ei disso. Tornar-se-á mais forte, mais ousado, mais alto e maior do que nunca. A missão do meu marido não terminará", asseverou.
Dirigindo-se aos "malfeitores", Erika Kirk alertou: "Se achavam que a missão do meu marido era poderosa antes, não fazem ideia do que acabaram de desencadear em todo este país e neste mundo. Não fazem ideia do fogo que acenderam dentro desta esposa; os gritos desta viúva ecoarão pelo mundo como um grito de guerra."
Erika Kirk revelou ainda que a digressão do marido pelos campus universitários dos Estados Unidos continuará, bem como o seu podcast, sem fornecer mais pormenores.
"O meu marido deu a vida por mim. Pela nossa nação. Pelos nossos filhos. Demonstrou o amor verdadeiro e definitivo da aliança. Nunca terei palavras para descrever a perda que sinto no meu coração", disse.
E complementou: "Charlie, eu prometo, nunca deixarei o teu legado morrer, querido. Não deixarei. Prometo que farei da Turning Point USA a maior coisa que esta nação já viu."
Quem era Charlie Kirk?
Recorde-se que Charlie Kirk era um forte defensor do direito à posse de armas, opunha-se veementemente ao aborto, criticava os direitos das pessoas transgénero e propagava afirmações falsas sobre a Covid-19.
O jovem conservador, que foi fundamental na eleição de Trump para um segundo mandato presidencial, foi baleado fatalmente na primeira paragem da digressão ‘The American Comeback Tour’, durante o painel ‘Prove Me Wrong’ [Prove que estou errado, em tradução livre], enquanto respondia a uma pergunta sobre violência armada e pessoas transgénero.
Entretanto, Trump anunciou que concederá a Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade – a mais alta honra civil do país – postumamente, tendo considerado que o seu aliado era um "gigante da sua geração e um defensor da liberdade".
JD e Usha Vance, por seu turno, viajaram até Salt Lake City, no Utah, na quinta-feira, para recolher o caixão de Kirk e transportá-lo para Phoenix, no Arizona, no avião vice-presidencial, o Air Force Two.
Tyler Robinson, um jovem de 22 anos acusado de ter assassinado Kirk, foi ontem capturado. As autoridades detalharam que um familiar quem o denunciou, depois de o jovem ter sugerido que cometera o crime.
Trump também já manifestou a sua intenção de comparecer ao funeral de Kirk, que se realizará no Arizona, alegadamente na próxima semana.
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