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Finlândia pede mais de dois anos de prisão por rutura de cabos submarinos

Procuradores finlandeses pediram hoje dois anos e meio de prisão para o capitão e dois oficiais de um navio suspeitos estar por detrás da rutura de vários cabos no mar Báltico, em 2024, na Finlândia.

Finlândia pede mais de dois anos de prisão por rutura de cabos submarinos

© ShutterStock

Lusa
12/09/2025 17:21 ‧ há 3 semanas por Lusa

Os três marinheiros do navio-tanque Eagle S, registado nas Ilhas Cook, são acusados de arrastar a âncora do navio pelo fundo do mar durante cerca de 90 quilómetros, danificando cinco cabos submarinos no golfo da Finlândia, em 25 de dezembro de 2024.

 

Vários países ocidentais acusaram a Rússia de ter planeado o incidente como parte de uma "guerra híbrida" nesta vasta zona marítima.

O Eagle S é suspeito de pertencer à frota fantasma russa, um conjunto de navios usados para transportar petróleo e gás russo, contornando as sanções internacionais.

Durante o julgamento, que começou a 25 de agosto no Tribunal Distrital de Helsínquia, os procuradores argumentaram que o trio tinha sido intencionalmente negligente depois de ter deixado o porto russo de Ust-Luga.

"Pedimos uma pena mínima de dois anos e seis meses de prisão", disse a procuradora Heidi Nummela na audiência final do julgamento, cujo veredito tem data prevista para 03 de outubro.

Os arguidos deviam ter reparado e inspeccionado as âncoras quando a velocidade do petroleiro diminuiu, o que "indicava claramente que o navio estava a arrastar alguma coisa", disse à agência de notícias France-Presse a procuradora Krista Mannerhovi durante um intervalo na audiência.

O capitão do Eagle S, o georgiano Davit Vadatchkoria, e os dois oficiais superiores, Robert Egizaryan, de origem georgiana, e Santosh Kumar Chaurasia, de origem indiana, negaram as acusações.

Argumentaram que se tratou de um acidente e garantiram que a queda de velocidade se deveu ao mau tempo e a uma falha do motor.

O capitão indicou que não havia qualquer sinal de que a âncora tivesse baixado no momento do incidente.

"Não havia qualquer razão para duvidar que não estivesse a funcionar corretamente", afirmou quando compareceu em tribunal na semana passada.

O cabo elétrico EstLink 2 e quatro cabos de telecomunicações que ligam a Finlândia à Estónia foram danificados no incidente. O Ministério Público finlandês disse que estes cortes colocaram em risco o abastecimento de energia e as infraestruturas críticas da Finlândia.

Leia Também: Finlândia acusa Hungria e Eslováquia de financiarem guerra russa

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