"Apelamos a Varsóvia para refletir sobre as consequências de tais medidas destrutivas e a reconsiderar a decisão tomada o mais rapidamente possível", afirmou Zakharova num comunicado.
A porta-voz sublinhou ainda que "é óbvio que as medidas de confronto tomadas pela liderança polaca estão subordinadas a uma única tarefa: justificar a política de maior escalada de tensões no centro da Europa".
Na terça-feira, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, anunciou o encerramento das fronteiras com a Bielorrússia "na sequência dos exercícios Zapad-2025 ['oeste' em russo]" e que esse encerramento ia entrar em vigor "a partir da meia-noite de quinta-feira".
Tusk sublinhou ainda que, em resposta a estas manobras, a Polónia vai participar, com os aliados, num exercício militar no território, que deverá reunir um total de 30.000 militares.
As tensões entre a Rússia a Polónia, país-membro da NATO, aumentaram depois de na terça-feira 19 drones russos terem violado o espaço aéreo polaco.
O caso foi altamente criticado por vários países-membros da Aliança Atlântica, embora o Ministério da Defesa russo tenha alegado que os aparelhos não tenham sido enviados para visar o território polaco.
Os exercícios Zapad-2025 estão agendados para decorrer entre 13 e 16 de setembro e, segundo o primeiro-ministro polaco, o objetivo é simular a ocupação do Corredor Suwalki, que se estende ao longo da fronteira entre a Polónia e a Lituânia, rodeado pelo enclave russo de Kaliningrado e da Bielorrússia.
O corredor é frequentemente considerado uma "área frágil" para a NATO e pode ser o primeiro alvo de um eventual ataque russo.
No mês passado, a Bielorrússia declarou que, durante as manobras 'Zapad', ia praticar o lançamento de mísseis capazes de transportar os novos Oreshnik, mísseis balísticos hipersónico de médio alcance.
Kyiv e vários países da Europa de Leste estão preocupados com um possível aumento de tropas na Bielorrússia, país que faz fronteira com a Ucrânia, a Polónia, a Lituânia e a Letónia.
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