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Morte de refugiada ucraniana? "Não é racista", diz mãe de assassino

Michelle Dewitt, mãe do assassino da ucraniana Irina Zarutska, disse, em entrevista, que o filho "não é racista" e que, ao longo do tempo, foi procurando ajuda, uma vez que Decarlos foi diagnosticado com esquizofrenia. No entanto, refere que essa ajuda lhe foi negada.

Morte de refugiada ucraniana? "Não é racista", diz mãe de assassino

© Reprodução X

Notícias ao Minuto
11/09/2025 17:55 ‧ há 15 horas por Notícias ao Minuto

A mãe de Decarlos Brown Jr., o homem que matou uma refugiada ucraniana - Irina Zarutska, de 23 anos - no metro de Charlotte, nos Estados Unidos, disse que tentou pedir ajuda para o filho que sofre de esquizofrenia. No entanto, esse pedido foi negado. Disse ainda que o filho "não é racista".

 

O New York Post, que chegou à fala com a mulher, contou ainda que mãe do assassino revelou que o filho não deveria estar em liberdade devido à sua saúde mental - e por se estar a deteriorar rapidamente. 

"Ele não deveria ter sido libertado", disse Michelle Dewitt, que acrescentou que o filho tinha saído em liberdade depois de ter feito uma "promessa escrita" em como comparecia em tribunal após a sua última detenção em janeiro.

Michelle contou ainda que, dias antes de o filho cometer o assassinato, levou Decarlos para uma casa de sem-abrigo, notando que ele estava a ficar mais violento com ela e com o marido.

Sobre o facto de um dos motivos do esfaqueamento ter sido o facto de Irina Zarutska ser branca, a mãe de Decarlos disse que o filho "definitivamente não é racista" e que "saía com todo o tipo de raparigas". 

Revelou ainda que, apesar dos seus esforços para ajudar o filho, encontrou sempre resistência.

"Quando levas uma pessoa para um centro de saúde mental e dizem: 'Não há espaço suficiente' ou 'Ele está a tentar matar-se ou a matar outra pessoa?' e eu respondo que não, não há nada que possamos fazer. É preciso obter uma ordem judicial".

Michelle Dewitt adiantou ainda que pretende visitar o filho esta semana na prisão: "Vou deixá-lo falar e ouvir. Vou tentar explicar o que está a acontecer. Acho que ele não entende o que está a acontecer". 

A mulher disse também que havia falado com o filho depois do assassinato, por telefone, e que Decarlos lhe disse que estava convencido de que estavam "a remover um chip do seu cérebro". Segundo ele, esse chip estava a controlar as suas emoções.

Recorde-se que a irmã de Decarlos, Tracey Brown, em entrevista à CNN Internacional, disse que o irmão lhe terá contado que esfaqueou Irina Zarutska porque acreditava que a jovem lhe estava a 'ler' os pensamentos.

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Notícias ao Minuto com Lusa | 15:41 - 10/09/2025

O que aconteceu?

Iryna, de 23 anos, tinha deixado a Ucrânia em agosto de 2022 para fugir da guerra. No passado dia 22 de agosto, foi esfaqueada até à morte no metro de Charlotte, na Carolina do Norte, por um passageiro que já tinha sido detido mais de uma dezena de vezes e estava em liberdade.

O crime só foi divulgado este fim de semana e rapidamente se tornou viral, depois da divulgação de imagens gravadas por câmaras de videovigilância do metro no momento anterior ao apunhalamento.

As imagens mostram que a jovem refugiada ucraniana entrou no comboio e sentou-se num banco à frente do assassino, ficando a olhar para o telemóvel durante a viagem. Quatro minutos depois, o suspeito, identificado como Decarlos Brown Jr., tirou uma arma branca do bolso, olhou pela janela e, num movimento brusco, atacou a mulher.

Iryna, claramente assustada, segurou o rosto e a garganta, antes de cair inconsciente no chão, esvaindo-se em sangue. 

O suspeito vagueou pela carruagem, despiu a camisola que usava e esperou até que o metro chegasse à estação, onde acabou por sair, sendo detido pouco depois.

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Notícias ao Minuto com Lusa | 22:57 - 09/09/2025

Trump pede pena de morte para assassino

O presidente norte-americano, Donald Trump, já pediu pena de morte para o assassino da jovem ucraniana em Charlotte, na Carolina do Norte, no passado mês de agosto.

"O animal que matou com tanta violência a bela jovem ucraniana, que veio para os Estados Unidos em busca de paz e segurança, deve receber um julgamento 'rápido' e ser condenado apenas à peã de morte. Não pode haver outra opção", defendeu Donald Trump numa mensagem publicada numa rede social.

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O Presidente norte-americano, Donald Trump, pediu hoje pena de morte para o assassino de uma jovem ucraniana em Charlotte, na Carolina do Norte, no passado mês de agosto.

Lusa | 15:11 - 10/09/2025

Iryna vivia nos Estados Unidos com a mãe e os irmãos. Era formada em arte e restauração pela Synergy College, em Kyiv, e, atualmente, trabalhava num estabelecimento no bairro de South End.

Leia Também: Trump usa homicídio de refugiada para e responsabiliza democratas

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