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Assassínio de refugiada ucraniana choca Estados Unidos. O que aconteceu?

A vítima, de 23 anos, tinha chegado aos EUA como refugiada e foi atacada por um homem com antecedentes criminais e "problemas mentais". Um vídeo do crime tornou-se viral e levantou um intenso debate no país.

Assassínio de refugiada ucraniana choca Estados Unidos. O que aconteceu?

© Reprodução X

Notícias ao Minuto com Lusa
09/09/2025 22:57 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

Nos últimos dias, o nome de Iryna Zarutska tomou conta da imprensa norte-americana, num caso que está a chocar os Estados Unidos e que já levou à condenação do presidente Donald Trump. O que aconteceu, afinal?

 

Iryna, de 23 anos, tinha deixado a Ucrânia em agosto de 2022 para fugir da guerra. No passado dia 22 de agosto, foi esfaqueada até à morte no metro de Charlotte, na Carolina do Norte, por um passageiro que já tinha sido detido mais de uma dezena de vezes e estava em liberdade.

O crime só foi divulgado este fim de semana e rapidamente se tornou viral, depois da divulgação de imagens gravadas por câmaras de videovigilância do metro no momento anterior ao apunhalamento.

As imagens mostram que a jovem refugiada ucraniana entrou no comboio e sentou-se num banco à frente do assassino, ficando a olhar para o telemóvel durante a viagem. Quatro minutos depois, o suspeito, já identificado como Decarlos Brown Jr., tirou uma arma branca do bolso, olhou pela janela e, num movimento brusco, atacou a mulher. Iryna, claramente assustada, segurou o rosto e a garganta, antes de cair inconsciente no chão, esvaindo-se em sangue. 

O suspeito vagueou pela carruagem, despiu a camisola que usava e esperou até que o metro chegasse à estação, onde acabou por sair, sendo detido pouco depois.

O crime, que chocou os Estados Unidos, tem levantado inúmeras questões, não só sobre segurança e violência, mas também sobre saúde mental. Além do debate gerado na imprensa e redes sociais, o homicídio já conta com uma página na Wikipédia. 

O Departamento de Polícia de Charlotte-Mecklenburg tinha informado que a jovem foi atacada com uma faca por Decarlos Brown Jr., de 34 anos, que foi detido e enfrentava uma acusação de homicídio em primeiro grau. Hoje, soube-se que o homem foi acusado de um crime federal e pode assim vir a ser condenado à pena de morte.

Alertamos que as imagens podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.

Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o assassínio e aproveitou para responsabilizar os democratas pela violência no país. 

Na sua rede social, Trump disse que a vítima foi emboscada por um homem com antecedentes penais e "problemas mentais".

Trump acrescentou que o autor do ataque "tinha sido detido em 14 ocasiões e libertado sob fiança".

Já hoje, o presidente norte-americano pediu ao seu executivo que seja implacável com os criminosos e responda com "força e determinação" ao assassínio da refugiada. 

"Não podemos permitir que a criminalidade depravada e reincidente continue a espalhar a destruição e a morte pelo nosso país. Devemos responder com força e determinação. Devemos ser tão implacáveis como eles. É tudo o que eles entendem", defendeu Trump, num vídeo publicado na conta da rede social X da Casa Branca. 

Em conferência de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reiterou que Decarlos Brown foi detido catorze vezes desde 2011. Leavitt acrescentou que, apesar de "ter antecedentes criminais" e ter cumprido cinco anos de prisão por assalto à mão armada, um juiz democrata libertou-o sem fiança em janeiro passado.

"Nunca deveria ter estado naquele comboio naquela noite", apontou.

Trump acusou hoje "juízes, políticos e ativistas da esquerda radical" de adotarem uma política a que chamou "captura e libertação de bandidos e assassinos", afirmando que os democratas estão a semear o caos nas cidades que governam.

De acordo com Trump, das 25 cidades mais perigosas dos Estados Unidos, 24 são governadas por autarcas democratas. No entanto, vários índices de criminalidade compilados nos EUA incluem também várias cidades com autarcas republicanos entre os piores do país.

Trump usa homicídio de refugiada para e responsabiliza democratas

Trump usa homicídio de refugiada para e responsabiliza democratas

Donald Trump condenou na segunda-feira o assassínio de uma ucraniana no 'metro' de Charlotte, no Estado da Carolina do Norte, e aproveitou para responsabilizar os democratas pela violência nos EUA.

Lusa | 06:37 - 09/09/2025

Iryna vivia nos Estados Unidos com a mãe e os irmãos. Era formada em arte e restauração pela Synergy College, em Kyiv, e, atualmente, trabalhava num estabelecimento no bairro de South End.

Leia Também: Zelensky acusa Rússia de matar mais de 20 civis em bombardeamento

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