O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Lin Jian expressou "profunda preocupação" com a possibilidade de o ataque agravar ainda mais as tensões na região.
Pequim condenou com veemência o que considerou uma "violação da soberania territorial e da segurança nacional do Qatar por parte de Israel" e apelou ao "diálogo e à negociação".
"Manifestamos o nosso desagrado perante ações das partes envolvidas que minam as negociações para um cessar-fogo", afirmou Lin Jian, instando "especialmente Israel" a "esforçar-se por pôr fim aos combates e retomar as negociações".
O Qatar, um dos principais mediadores no conflito de Gaza -- a par do Egito e dos Estados Unidos --, acolhe o gabinete político do Hamas e tem servido de palco para conversações indiretas com Israel com vista a um cessar-fogo.
Na terça-feira, por volta das 16:00 locais (12:00, em Lisboa), várias explosões foram ouvidas na capital do Qatar e uma coluna de fumo elevou-se sobre a cidade.
O Governo do Qatar confirmou posteriormente que Israel atacou uma reunião de "vários membros do gabinete político" do Hamas, num edifício residencial, sem os identificar.
O Hamas confirmou a morte de cinco dos seus membros no ataque, sublinhando que nenhum deles fazia parte da delegação envolvida nas negociações.
Segundo o Ministério do Interior do Qatar, um agente das forças de segurança catarianas também morreu e "vários" outros ficaram feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou o ataque como uma resposta ao atentado de segunda-feira em Jerusalém, que causou seis mortos e foi reivindicado pelo braço armado do grupo islamita.
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