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EUA querem pressionar UE para atacar relação da Índia e China com Moscovo

O Governo dos Estados Unidos está preparado para impor tarifas adicionais aos compradores de petróleo russo, como a China e a Índia, se a União Europeia (UE) fizer o mesmo, revelou hoje um responsável norte-americano.

EUA querem pressionar UE para atacar relação da Índia e China com Moscovo

© REUTERS/Alexander Drago

Lusa
09/09/2025 23:34 ‧ há 5 horas por Lusa

O objetivo é limitar o financiamento de Moscovo na sua guerra na Ucrânia, destacou uma autoridade norte-americana à agência France-Presse (AFP).

 

Donald Trump participou brevemente numa reunião entre responsáveis norte-americanos e europeus sobre o tema para pressionar Bruxelas a aceitar estas tarifas de 50% a 100% contra a China e a Índia, os dois principais clientes do petróleo russo, segundo a mesma fonte.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, adiantou na rede social X que recebeu na segunda-feira e hoje uma delegação europeia, incluindo o "chefe de sanções" da UE, David O'Sullivan, com o objetivo de "tomar medidas enérgicas contra a Rússia".

Washington está a pressionar para a implementação de tarifas contra os compradores de petróleo russo. Os norte-americanos já o fizeram contra a Índia e querem aplicá-lo à China.

"A fonte de financiamento da máquina de guerra russa são as compras de petróleo pela China e pela Índia. Se não chegarmos à fonte desse financiamento, não poderemos parar a guerra. E é isso que estamos a tentar fazer", frisou o responsável norte-americano à AFP.

Segundo esta fonte, o Presidente norte-americano está "pronto para agir agora, mas acredita que a UE deve fazer o mesmo", uma mensagem transmitida aos representantes europeus, insistindo que, se Bruxelas estiver disposta a alinhar em relação às tarifas, Washington agirá.

Sobre a Índia, Donald Trump revelou hoje, numa mensagem na sua rede social, a Truth Social, que as negociações entre Nova Deli e Washington continuam para "resolver a questão das barreiras comerciais" entre os dois países.

"Estou confiante de que não teremos dificuldade em chegar a uma conclusão favorável para os nossos dois grandes países", acrescentou, uma vez que os Estados Unidos impõem atualmente tarifas de 50% sobre a maioria dos produtos indianos importados, metade das quais em retaliação pelas compras de petróleo russo por parte de Nova Deli.

Questionado no domingo na Casa Branca se estava pronto para lançar uma nova fase de sanções contra a Rússia, Donald Trump respondeu: "Sim, estou".

Scott Bessent, por sua vez, já tinha declarado no domingo que os Estados Unidos estavam "prontos para aumentar a pressão" sobre a Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia, pedindo à UE que fizesse o mesmo.

"Se os Estados Unidos e a UE chegarem a acordo sobre mais sanções e tarifas sobre os países que compram petróleo russo, a economia russa entrará em colapso. E isso levará o Presidente Putin à mesa das negociações", insistiu Bessent.

De acordo com um estudo publicado em junho pelo Centro de Investigação de Energia e Ar Limpo (CREA), com sede em Helsínquia, Finlândia, China, Índia e Turquia são os principais clientes dos hidrocarbonetos russos.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022 e, no plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.

Segundo a Rússia, aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.

Leia Também: Trump critica "lamentável" ataque de Israel no Qatar contra Hamas

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