"Esta evolução, há muito esperada pela população haitiana, representa um passo decisivo para apoiar a autoridade do Estado, proteger as comunidades e contribuir para a estabilidade nacional e regional", disse o primeiro-ministro do Haiti, Alix Didier Fils-Aimé, em comunicado.
Alix Didier participou hoje numa reunião por videoconferência com o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), destacando que o líder haitiano exigiu respostas adequadas aos desafios de segurança.
Segundo os dados da ONU, o Haiti registou um aumento de 24% de homicídios intencionais nos primeiros seis meses do ano, atingindo um total de 4.026 assassinatos.
A transformação da MSS numa força repressiva "constituirá também uma vantagem importante para o Haiti na organização de eleições democráticas o mais rapidamente possível, reforçando a governação e a legitimidade das instituições", disse Alix Didier.
A MSS, que foi ativada em 2024, visa apoiar as forças de segurança da nação insular na luta contra os gangues armados, que controlam 90% da capital e outras zonas do país.
O governo haitiano reafirmou o seu compromisso com a cooperação internacional e a solidariedade entre as nações, expressando gratidão ao Conselho de Segurança pela atenção à situação do país.
A administração haitiana agradeceu também a ONU pelo seu compromisso com a estabilidade, a paz e o processo democrático no Haiti.
A MSS é uma iniciativa solicitada pelas autoridades haitianas, liderada pelo país africano, Quénia, com o apoio financeiro dos Estados Unidos.
A missão foi aprovada em 2023 pelo Conselho de Segurança da ONU.
A MSS é composta por aproximadamente 1.000 militares, a maioria do Quénia.
O presidente do Quénia, William Ruto, avisou no domingo que o mandato da missão expirará em outubro.
O presidente do Quénia insistiu ainda que o Conselho de Segurança da ONU orientasse "uma transição responsável", referindo-se à transformação do MSS numa Força de Supressão de Gangues.
A violência dos gangues levou à deslocação interna de cerca de 1,3 milhões de pessoas.
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