Mahmoud Ali Youssouf reafirmou o apelo da UA à "moderação, ao respeito pela soberania e à proteção dos civis", reconhecendo o papel do Qatar "na paz, na mediação e na diplomacia" e destacando a necessidade urgente de retomar o diálogo para alcançar "uma paz justa e duradoura" na região.
Israel reivindicou hoje um "ataque dirigido" contra líderes do Hamas, sem especificar onde, pouco depois de terem sido registadas explosões em Doha, onde vivem responsáveis do movimento palestiniano.
Pelo menos dois membros do Hamas, entre eles o filho de Khalil al Hayya, chefe da delegação do Hamas nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, morreram hoje no ataque israelita.
Fontes do Hamas citadas pela cadeia de televisão do Qatar Al Jazeera indicaram que o objetivo do ataque teria sido a delegação negociadora do grupo islâmico palestiniano, que estava a realizar uma reunião para discutir a última proposta do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, conversações nas quais o Qatar atua como mediador.
O ataque coincidiu com o anúncio do ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, de que Israel aceitou a última proposta de Trump para um cessar-fogo em Gaza.
O ministro israelita disse que a aceitação da proposta tem como contrapartida a condição de que o grupo islamita Hamas deponha as armas e liberte todos os reféns na Faixa de Gaza.
Nos últimos dias, o Hamas afirmou que "está aberto a qualquer ideia ou proposta que permita alcançar um cessar-fogo integral" e a "retirada completa" das forças israelitas da Faixa de Gaza.
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