O primeiro-ministro britânico, Kei Starmer, considerou que os ataques israelitas "violam a soberania do Qatar e põem em risco uma nova escalada em toda a região".
"A prioridade deve ser um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns e um enorme aumento da ajuda a Gaza. Esta é a única solução para uma paz duradoura", escreveu Starmer na rede social X.
Já o Presidente francês, Emmanuel Macron, qualificou os ataques como inaceitáveis e expressou a sua solidariedade para com o Qatar e com o seu emir, Sheikh Tamim al-Thani.
"Sob nenhumas circunstâncias deve a guerra estender-se na região", acrescentou Macron numa publicação na rede social X.
Este ataque, para o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, é "uma violação flagrante do Direito internacional" e "da soberania territorial do Qatar".
"A Espanha reitera o seu apelo à contenção e ao respeito pelo Direito internacional, a fim de preservar a estabilidade regional, a cessação imediata da violência e o regresso às negociações diplomáticas", declarou ainda o Ministério num comunicado.
O Governo espanhol reiterou o seu "compromisso com a estabilidade" no Médio Oriente, insistindo ao mesmo tempo que "continuará a trabalhar com os seus parceiros para a estabilidade regional".
Também o Papa Leão XIV descreveu o ataque israelita como "muito grave", bem como a evacuação da cidade de Gaza, quando questionado à saída do palácio de Castel Gandolfo, antes de regressar ao Vaticano.
"Nestes minutos há notícias muito graves, o ataque de Israel contra alguns dirigentes do Hamas no Qatar. Toda a situação é muito grave", disse o pontífice.
O Papa também foi questionado sobre a situação em Gaza e disse que "a situação é realmente grave".
Leão XIV informou ainda que tentou contactar o pároco da única igreja católica de Gaza, a Sagrada Família, mas que ainda não conseguiu estabelecer contacto.
"Tentei telefonar ao pároco agora, não tenho notícias, mas eles estavam certamente bem", disse.
Vários países da região, nomeadamente o Qatar, Egito, Irão ou Jordânia, repudiaram o ataque israelita partilhando a opinião de que se tratava de uma clara violação do Direito internacional.
Também as Nações Unidas, a Liga Árabe e a Autoridade Palestiniana se manifestaram contra os bombardeamentos que o exército israelita qualificou como um "ataque preciso".
O exército israelita efetuou hoje um ataque a membros do Hamas em Doha, que estão a envolvidos nas negociações para um possível cessar-fogo com Israel.
Através de um comunicado na rede social X, os militares israelitas afirmaram que as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a ISA (Agência de Segurança de Israel) realizaram um "ataque preciso contra a alta liderança da organização terrorista Hamas".
As FDI justificam que, "durante anos, estes membros da liderança do Hamas dirigiram operações da organização terrorista".
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