"Como membro de uma organização terrorista estrangeira designada, a MS-13, ele (Abrego Garcia) já não é elegível para o seu auxílio imigratório anterior", indicou o departamento.
O arguido declarou-se inocente e em agosto apresentou uma moção no tribunal de imigração de Baltimore no mês passado para reabrir o seu processo de imigração de 2019 e voltar a pedir asilo.
Abrego Garcia nunca foi acusado de ser membro do grupo terrorista.
O imigrante tornou-se um ponto crítico nas políticas de imigração do presidente dos EUA, Donald Trump, quando foi injustamente deportado para o seu país natal, El Salvador, em março, segundo a agência de notícias Associated Press.
Em junho, Abrego Garcia voltou para os EUA para enfrentar um processo federal por tráfico humano no Tennessee, que os seus advogados apelidaram de absurdo e vingativo, de acordo com a AP.
O primeiro pedido foi negado porque foi feito mais de um ano depois da sua chegada aos EUA.
"A única razão pela qual lhe foi negado o asilo em 2019 foi porque não o apresentou no prazo de um ano após a sua entrada nos EUA, um problema que o governo já resolveu", disse o diretor do Programa de Defesa do Imigrante (IAP) do Centro de Assistência Jurídica e Justiça, Sandoval-Moshenberg.
"Se o Sr. Abrego Garcia tiver direito a um julgamento justo no tribunal de imigração, não há como não ter o seu pedido de asilo caducado", acrescentou o diretor.
Especialistas em imigração disseram que o novo pedido de asilo de Abrego Garcia pode levar a um green card (documento de residência permanente legal nos EUA) e a um caminho para a cidadania.
Ao reabrir o caso de 2019, Abrego Garcia corre também o risco de ser enviado de volta para El Salvador.
A administração Trump declarou em documentos judiciais esta semana que procuraria devolvê-lo ao seu país natal caso reabrisse com sucesso o seu processo de imigração anterior.
"Os advogados de Kilmar Abrego Garcia estão a brincar com o fogo", indicou hoje o Departamento de Segurança Interna em comunicado.
Abrego Garcia e os seus advogados negaram repetidamente a alegação da MS-13, que o levou a ser detido pela polícia local no Condado de Prince George, Maryland, em 2019.
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