"A China desenvolve as suas relações diplomáticas com todos os países, sem nunca visar terceiros", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa, em Pequim.
O responsável classificou ainda como irresponsáveis as declarações da chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, que considerou o encontro entre Xi Jinping e os líderes da Rússia e Coreia do Norte, Vladimir Putin e Kim Jong-un, respetivamente, um "desafio direto" à ordem internacional.
A resposta de Pequim surgiu depois de Trump ter escrito, na rede Truth Social, uma mensagem dirigida a Xi: "Peço que transmita os meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos", comentou o Presidente, referindo-se à presença dos três líderes no desfile que marcou o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.
Durante o evento, Xi passou revista às tropas acompanhado de Putin e Kim, numa rara demonstração pública de unidade entre os três países. A imagem dos três líderes lado a lado foi interpretada em várias capitais ocidentais como um sinal de alinhamento estratégico frente aos Estados Unidos e aliados.
Trump acusou também a China de "não reconhecer" o sacrifício dos soldados norte-americanos na guerra contra o Japão e alertou para o que considera ser o aprofundamento de uma "aliança antiocidental".
O Kremlin tinha já reagido, com ironia, às palavras de Trump, afirmando esperar que o Presidente norte-americano estivesse "a brincar" ao sugerir uma conspiração entre Moscovo, Pequim e Pyongyang.
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