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Estado Islâmico reivindica ataque suicida em comício político no Paquistão

O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu hoje a responsabilidade pelo ataque suicida num comício do partido Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, que causou pelo menos 15 mortos, segundo o mais recente balanço.

Estado Islâmico reivindica ataque suicida em comício político no Paquistão

© Mazhar Chandio/Anadolu via Getty Images

Lusa
03/09/2025 21:48 ‧ há 10 horas por Lusa

Ataques deste género na turbulenta província do Baluchistão, na fronteira com o Irão e o Afeganistão, são geralmente executados por 'jihadistas', muitas vezes do braço regional do ISIS [sigla em árabe do movimento 'jihadista' Estado Islâmico], ISIS-Khorasan ou ISIS-Província do Paquistão, ou por separatistas balúchis, que afirmam lutar para acabar com a discriminação dos balúchis nas suas terras.

 

Embora os 'jihadistas' do EI considerem heréticos todos os partidos políticos e instituições estatais, raramente visam os ativistas balúchis, noticiou a agência France-Presse (AFP).

No entanto, na noite de terça-feira, no parque de estacionamento de um estádio em Quetta, capital do Baluchistão, enquanto centenas de participantes no comício do Partido Nacional do Baluchistão (BNP) dispersavam, um bombista suicida, cuja foto foi divulgada pelo EI, fez-se explodir.

O homem, descrito pelas autoridades como tendo 30 anos, detonou a sua carga explosiva de "oito quilos", explicou hoje o ministro do Interior do Baluchistão, Hamza Shafqat.

Quinze pessoas morreram e outras 38 ficaram feridas no ataque, segundo o mais recente balanço. Muitas das vítimas eram membros do BNP.

O líder do partido, Akhtar Mengal, que no momento do ataque abandonava o comício depois de ter proferido um discurso, disse estar "são e salvo", mas "devastado pela perda de apoiantes".

No Baluchistão, oficialmente, 70% da população é pobre, embora o subsolo contenha alguns dos maiores depósitos minerais inexplorados do mundo, e os megaprojectos, particularmente os da China, gerem receitas significativas.

Esta região, onde uma insurgência armada prospera neste solo fértil, registou o maior aumento de violência no Paquistão em 2024, um aumento de 90%, resultando em 782 mortes, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança, sediado em Islamabade.

Desde 01 de janeiro, de acordo com uma contagem da AFP, mais de 430 pessoas, a maioria membros das forças de segurança, foram mortas em atos de violência perpetrados por grupos armados que lutam contra o Estado, no Baluchistão e na província vizinha de Khyber-Pakhtunkhwa.

Também na terça-feira, cinco paramilitares foram mortos e quatro ficaram feridos no Baluchistão, quando uma bomba explodiu na estrada quando o seu comboio passava por um distrito junto à fronteira com o Irão, adiantou à AFP uma autoridade local.

Além disso, seis soldados foram mortos num ataque a um quartel-general de tropas paramilitares em Khyber-Pakhtunkhwa, informou o exército.

Dezassete pessoas, incluindo civis, ficaram feridas, acrescentou uma autoridade local, neste ataque reivindicado por um pequeno grupo ligado aos talibãs paquistaneses.

A troca de tiros entre as forças de segurança e homens armados que lançaram o ataque ao quartel com "um carro a atropelar e depois cinco bombistas suicidas", segundo a autoridade do governo local, durou "doze horas" até que os "seis terroristas fossem mortos".

O ano de 2024 foi o mais mortífero em quase uma década no Paquistão, com mais de 1.600 mortes, quase metade das quais soldados e polícias, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança.

Leia Também: Atentado suicida em comício político faz 13 mortos no Paquistão

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