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Atentado suicida em comício político faz 13 mortos no Paquistão

Pelo menos 13 pessoas morreram e 30 ficaram feridas após um bombista suicida se ter feito explodir num comício político baluchi no sudoeste do Paquistão, de acordo com um novo balanço divulgado hoje.

Atentado suicida em comício político faz 13 mortos no Paquistão

© Lusa

Lusa
03/09/2025 06:51 ‧ há 18 horas por Lusa

Waseem Baig, porta-voz de um hospital governamental em Quetta, capital da província do Baluchistão, disse que o hospital recebeu 13 corpos e dezenas de feridos, alguns em estado crítico.

 

O chefe da polícia local, Majeed Qaisrani, disse que a explosão ocorreu perto de um cemitério junto a um estádio, nos arredores de Quetta, onde estavam reunidos centenas de membros do Partido Nacional do Baluchistão (BNP).

Partes do corpo do bombista suicida foram recuperadas, disse Majeed Qaisrani.

O balanço inicial apontava para 22 mortos e 40 feridos, segundo duas autoridades governamentais que falaram sob anonimato, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Até ao momento, ninguém assumiu a responsabilidade por este ataque.

O ministro do Interior, Mohsin Naqvi, responsabilizou "terroristas apoiados pela Índia e os seus facilitadores" pelo ataque, sem apresentar provas para sustentar a alegação.

Nos últimos meses, o Governo paquistanês e o ministro-chefe do Baluchistão, Sarfraz Bugti, têm acusado frequentemente a Índia de apoiar tanto os talibãs paquistaneses como os separatistas baluchis, acusação que Nova Deli nega.

Também na terça-feira, 11 soldados e paramilitares foram mortos noutros ataques, no Baluchistão e em Khyber-Pakhtunkhwa (noroeste).

Neste último, seis soldados foram mortos num ataque a um quartel-general de tropas paramilitares, revelou o exército, num ataque reivindicado por um pequeno grupo ligado aos talibãs paquistaneses.

O BNP afirma ser o defensor da minoria baluchi, que se sente desfavorecida nesta província que faz fronteira com o Irão e o Afeganistão, rica em minerais e hidrocarbonetos, mas a mais pobre do Paquistão.

No Baluchistão, oficialmente, 70% da população é pobre, embora o subsolo contenha alguns dos maiores depósitos minerais inexplorados do mundo, e os megaprojectos, particularmente os da China, gerem receitas significativas.

Esta região, onde uma insurgência armada prospera neste solo fértil, registou o maior aumento de violência no Paquistão em 2024, um aumento de 90%, resultando em 782 mortes, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança, sediado em Islamabade.

Desde 01 de janeiro, de acordo com uma contagem da AFP, mais de 430 pessoas, a maioria membros das forças de segurança, foram mortas em atos de violência perpetrados por grupos armados que lutam contra o Estado, no Baluchistão e na província vizinha de Khyber-Pakhtunkhwa.

O ano de 2024 foi o mais mortífero em quase uma década no Paquistão, com mais de 1.600 mortes, quase metade das quais soldados e polícias, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança.

Leia Também: Pelo menos 11 mortos em atentado suicida num comício no Paquistão

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