"Nove amostras foram processadas, destas uma testou positivo para o mpox na província de Cabo Delgado, distrito de Mocímboa da Praia", lê-se no documento do Ministério da Saúde moçambicano.
Com este caso em Cabo Delgado, no norte do pais, sobe para quatro o número de províncias com mpox em Moçambique, uma lista liderada por Niassa, epicentro da doença, com um total de 62 positivos, seguida da província de Maputo, com quatro casos e em terceiro está Manica, com três confirmados.
No boletim da saúde, com dados de até terça-feira, indica-se também que nas última 24 horas foram registados 38 casos suspeitos da doença, elevando o total para 1.043, dos quais 856 foram testados.
Do cumulativo de 70 casos registados em Moçambique entre 11 de julho e 02 de setembro, 38 estão recuperados, havendo ainda 32 casos ativos, sem registo de óbitos.
Moçambique espera receber este mês vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de mpox, anunciou o Governo.
As autoridades moçambicanas anunciaram um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos da doença, com a saúde a garantir também que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado quase 800 neste surto.
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.
O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo.
A Direção Nacional de Saúde Pública aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.
Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública.
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