Procurar

Presidente de Taiwan critica "culto a ditadores" após desfile militar em Pequim

O Presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, criticou hoje o "culto a ditadores" e as redes de polícia secreta em regimes autoritários, coincidindo com um desfile militar realizado em Pequim.

Presidente de Taiwan critica "culto a ditadores" após desfile militar em Pequim

© Lusa

Lusa
03/09/2025 07:15 ‧ há 17 horas por Lusa

Mundo

Taiwan

"O fascismo abrange o nacionalismo extremo, a procura de um grande rejuvenescimento nacional ilusório, o controlo interno rígido do discurso, a repressão da diversidade social, a criação de redes de polícia secreta e o culto descarado a ditadores", escreveu William Lai, na rede social Facebook.

 

O Presidente taiwanês recordou que foi o general Hsu Yung-chang, dos republicanos do Kuomintang (KMT), quem assinou a rendição do Japão em 1945 em nome da China, sublinhando que, desde então, "os antigos países do Eixo tornaram-se democracias".

Em 1949, com a vitória das forças comunistas de Mao Zedong e a proclamação da República Popular da China, o Governo da República da China, liderado por Chiang Kai-shek, do KMT, refugiou-se na ilha de Taiwan, onde continua a funcionar com autonomia até hoje.

A mensagem de William Lai foi publicada no dia em que o líder chinês, Xi Jinping, assista a uma parada militar em Pequim, para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.

Lai participou hoje numa cerimónia no Santuário Nacional dos Mártires, em Taipé, para homenagear os soldados que morreram em combate, incluindo os que lutaram contra o Japão e os comunistas, informou a agência de notícias taiwanesa CNA.

Taiwan tinha desaconselhado os seus veteranos de guerra a participarem no desfile, que contou com a presença dos líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Ainda assim, entre os convidados estiveram a ex-presidente do KMT, Hung Hsiu-chu, que na terça-feira defendeu a responsabilidade histórica do partido na resistência contra o Japão.

Pequim considera Taiwan uma "parte inalienável" do território chinês e não descarta o uso da força para anexar a ilha, um dos objetivos de longo prazo de Xi após ter assumido o poder em 2012.

A China intensificou uma campanha de pressão diplomática e militar contra Taiwan nos últimos anos, realizando regularmente exercícios militares perto da ilha.

Antes do início da parada, Xi Jinping afirmou que "o povo chinês é um povo que não teme a violência, é autossuficiente e forte".

"O rejuvenescimento da nação chinesa é imparável e a nobre causa da paz e do desenvolvimento da humanidade triunfará certamente", sublinhou.

Durante o desfile, o Presidente norte-americano, Donald Trump, questionou, nas redes sociais, se Xi reconheceria o contributo dos soldados dos EUA no conflito, e ironizou: "Transmita os meus calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América".

Na sua intervenção, Xi não mencionou os Estados Unidos, mas agradeceu o apoio dos países estrangeiros que ajudaram a China na resistência contra a invasão japonesa.

Leia Também: "Povo filipino não reconhece Taiwan como Estado soberano"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com

Recomendados para si

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

IMPLICA EM ACEITAÇÃO DOS TERMOS & CONDIÇÕES E POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Mais lidas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10