"O povo filipino tem uma relação de longa data com o povo taiwanês, que trouxe benefícios a ambas as partes, mas não reconhece Taiwan como Estado soberano. Deixemos que o povo chinês resolva os seus problemas em ambos os lados do Estreito", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros filipina, Theresa Lazaro, num comunicado.
Durante um discurso perante a Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado, Lazaro referiu-se à declaração sino-filipina que rege as relações entre as duas partes e foi aprovado em 1975. Abordou o princípio de "uma só China", pelo qual Pequim considera Taiwan como mais uma província sob a sua soberania.
No início de agosto, o Governo chinês advertiu o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., de que, em caso de guerra entre os Estados Unidos e a China por uma possível invasão de Taiwan, Manila "terá de tomar uma posição".
A visita de Lin Chia Lung é a segunda de um ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês a Manila desde os anos 1970. Geralmente, o Governo chinês critica as visitas deste tipo por parte de políticos de Taiwan e acusa os países anfitriões de "minar os interesses chineses".
As relações entre a China e as Filipinas têm enfrentado crescente tensão nos últimos meses: Manila acusou Pequim de obstruir as suas missões de abastecimento de tropas dentro do que considera ser a sua zona económica exclusiva, ao passo que a China insiste que as embarcações filipinas estão a transitar por essas águas de forma ilegal.
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